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PolíticaAlemanha

Alemanha: SPD aprova coligação governamental com CDU

DW (Deutsche Welle) | com agências
30 de abril de 2025

O Partido Social-Democrata (SPD) aprovou um acordo para formar um novo Governo de coligação com os conservadores. Com a aprovação, Friedrich Merz deverá ser eleito chanceler a 6 de maio, próxima terça-feira.

O líder da CDU, Friedrich Merz, apresenta o gabinete para o Comité Federal.
Líder da União Democrata-Cristã, Friedrich Merz, deverá ser eleito chanceler pelo Parlamento a 6 de maio.Foto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

O Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler cessante, Olaf Scholtz, aprovou um acordo de coligação de 144 páginas com os conservadores, abrindo caminho para que o líder da União Democrata-Cristã (CDU), Friedrich Merz, se torne o novo chanceler alemão.

O SPD junta-se assim a uma coligação liderada pela CDU e pelo partido parceiro da Baviera, a União Social Cristã (CSU).

Os social-democratas submeteram o acordo de coligação alcançado no início de abril a uma votação eletrónica junto dos mais de 358 mil membros, que votaram nas últimas duas semanas. De acordo com as fontes, a taxa de participação foi de 56%. Para que a votação fosse válida, era necessário que um mínimo de 20% dos membros participasse na votação.

O mesmo tipo de coligação já governou a Alemanha no passado: uma vez na década de 1960 e depois em três dos quatro mandatos da ex-chanceler Angela Merkel (CDU), que liderou o país de 2005 a 2021.

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Superado último obstáculo

Com a aprovação do acordo de coligação pelos deputados do SPD, o líder da CDU, Friedrich Merz, deverá ser eleito chanceler pelo Parlamento a 6 de maio, próxima terça-feira. Merz será o 10.º líder do país desde a Segunda Guerra Mundial. No entanto, a coligação tem uma maioria relativamente condicionada: com 328 dos 630 lugares do Bundestag.

A entrada em funções do novo governo terá lugar exatamente seis meses após o colapso da atual coligação de centro-esquerda, devido à demissão do antigo ministro das Finanças, Christian Lindner.

Em dezembro, o chanceler Olaf Scholz convocou e perdeu uma moção de confiança após o colapso do seu governo de coligação, abrindo caminho a novas eleições.

Em 23 de fevereiro, os alemães votaram para um novo Bundestag, a câmara baixa do parlamento. Os resultados foram dececionantes para os partidos da coligação governamental, que perderam todos a sua quota-parte de votos, com o FDP de Lindner a não conseguir entrar no parlamento.

O bloco conservador CDU/CSU reuniu 22,6% dos votos. A Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, ficou em segundo lugar, com 20,8% dos votos. O SPD ficou em terceiro com 16,4%.

Klingbeil, do SPD, será vice-chanceler da Alemanha

Lars Klingbeil, co-líder do SPD, deverá ser o próximo vice-chanceler e ministro das Finanças do país, segundo fontes do partido.

O comité executivo do partido terá aprovado, por unanimidade, a nomeação de Klingbeil.Foto: Moritz Frankenberg/dpa/picture alliance

O comité executivo do partido terá aprovado, por unanimidade, a nomeação de Klingbeil, pouco depois de o SPD ter anunciado que os seus membros tinham aprovado por esmagadora maioria um acordo de coligação com o bloco CDU/CSU.

Klingbeil, 47 anos, estabeleceu uma estreita parceria com o novo chanceler conservador, Friedrich Merz, durante as negociações para formar uma coligação. 

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