Pascoal Ronda quer combater corrupção na polícia moçambicana
30 de agosto de 2023Pascoal Ronda falava aos jornalistas, após tomar posse, substituindo Arsénia Massingue, que era titular do pelouro do Interior, desde 2021. "Esta [a corrupção] é uma realidade, é um desafio que deve ser combatido sem tréguas", porque "é imperdoável", afirmou o novo ministro.
Ronda apontou o combate à criminalidade organizada e ao terrorismo como prioridades da ação das Forças de Defesa e Segurança. Defendeu uma maior articulação entre todos os setores que garantem e ordem e segurança pública, visando o reforço da proteção dos cidadãos.
"O mais importante é que tem de haver uma articulação muito bem meticulosamente conduzida para que todas as áreas funcionem como vasos comunicantes", realçou.
Defendeu a restruturação institucional e reformas nos casos em que estas intervenções se justificarem, por forma a que a polícia desenvolva eficazmente a sua missão.
Pascoal Ronda considerou essencial o reforço da formação dos recursos humanos do Ministério do Interior com o objetivo de dotá-los de maior capacidade para o cumprimento do seu mandato.
Ronda foi comandante-geral da Polícia da República de Moçambique e tinha passado à reserva antes de ser chamado para ocupar o cargo de ministro do Interior.
Combate implacável ao crime organizado
Na tomada de Posse, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu um "combate implacável ao crime organizado", assinalando que o setor da segurança interna enfrenta "múltiplos desafios".
"O combate à criminalidade, em particular o crime organizado, será implacável, de modo a que todo e qualquer cidadão moçambicano ou estrangeiro se sinta tranquilo e protegido", afirmou Nyusi.
A área da segurança interna "enfrenta múltiplos desafios", prosseguiu o Presidente. Os raptos e sequestros, branqueamento de capitais, bem como crimes ambientais e cibernéticos configuram novas tipologias de delitos que desafiam as forças de lei e ordem para um combate mais eficaz, continuou o Presidente moçambicano.
No plano da ameaça à integridade territorial e soberania, continuou, as Forças de Defesa e Segurança devem persistir no combate ao "terrorismo", que tem a sua expressão mais nítida na ação de grupos armados que protagonizam ataques na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.