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Nyusi diz que segurança nacional é um assunto de todos

25 de setembro de 2020

As Forças Armadas de Moçambique celebram 56 anos e apesar das críticas face aos ataques no Norte e Centro do país, o Presidente Nyusi elogiou os esforços dos militares, lembrando que a segurança deve mobilizar todos.

Mosambik Maputo | Filipe Nyusi, Präsident
Foto: Reuters/G.L. Neuenburg

As Forças Armadas de Moçambique assinalam esta sexta-feira (25.09) 56 anos de existência no meio de muitas críticas sobre a sua atuação no combate ao terrorismo em Cabo Delgado e insurgência militar no Centro do país. Mas o mal-estar não incomoda o Presidente da República, Filipe Nyusi, que, pelo contrário, pediu solidariedade para com as Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no combate ao terrorismo.

"A defesa nacional é um assunto que deve mobilizar todos. As nossas Forças Armadas merecem ainda que o poder, todo ele, solidariamente reconheça a missão que elas desempenham. É fundamental que todos estejamos solidários quando abordamos assuntos relacionados com os objetivos que as nossas Forças Armadas perseguem na alocação de meios e recursos", referiu esta sexta-feira em Maputo.

Forças Armadas de Defesa de Moçambique são criticadas por não conseguirem impedir os ataques em Cabo DelgadoFoto: DW/A. Chissale

6 Durante o discurso solene do Dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, o Presidente da República informou também que os militares repeliram insurgentes na região de Bilibiza, distrito costeiro de Quissanga - onde em janeiro deste ano foram registados ataques.

Citando o episódio, Nyusi aproveitou para enaltecer o papel das FADM na crise de segurança vivida na província nortenha de Cabo delgado. "Têm demonstrado um alto sentido de patriotismo, bravura, valentia em defesa da nossa soberania e integridade territorial", elogiou.

"Os nossos jovens não vacilam porque estão conscientes da sua missão que é combater o terrorismo, uma versão de guerra diferente das lutas passadas", acrescentou.

Apoio externo?

Diversos círculos políticos e sociais têm aconselhado Moçambique a pedir apoio externo no combate ao terrorismo. Para o antigo Presidente Joaquim Chissano, o mais importante é dar maior capacidade às Forças Armadas moçambicanas.
 
"Vamos ter cuidado sobre que tipo de intervenção exterior deve vir, porque nem todos podem ter capacidade de fazer um bom trabalho. Correm o risco de morrer, tendo vindo de fora, o que é pior para os seus países porque morrem em terra estrangeira", comenta.

Joaquim Chissano, antigo Presidente de MoçambiqueFoto: imago/GlobalImagens/V. Rios

Para além do discurso solene do Presidente da República, as cerimónias centrais do dia das FADM  foram marcadas pela entrega de medalhas a 30 personalidades da vida política, desportiva e das áreas de ciência e tecnologia em reconhecimento pelos seus feitos em prol do país.

O dia das FADM é uma homenagem aos então jovens combatentes da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), atual partido no poder, que em 25 de setembro de 1964 lançaram a guerra de libertação nacional contra o colonialismo português.

A guerra durou dez anos até à proclamação da independência nacional, em 25 de junho de 1975.

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