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O maior parque eólico de África

Reuters | Lusa | kg
20 de julho de 2019

Sao mais de 300 turbinas à beira do lago Turkana, no Quénia. Parque eólico vai produzir 17% da energia do país. Assim, o Quénia fica mais próximo de atingir a meta de 100% de energias renováveis até 2020.

Turbinas de energia eólica próximas ao lago Turkana, no norte do QuéniaFoto: Getty Images/AFP/Y. Chiba

O maior parque eólico de África foi inaugurado esta sexta-feira (19.07) pelo Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta. O projeto pretende reduzir os custos da eletricidade no país e atrair investidores para a nação da África Oriental.

São 365 turbinas às margens do lago Turkana, no norte do Quénia. O custo do projeto superou 700 milhões de dólares. "O Quénia está, sem dúvida, no caminho para se tornar um líder global em energias renováveis", afirmou o Presidente queniano.

Uhuru Kenyatta, Presidente do QuéniaFoto: imago/i Images

Kenyatta referiu que o Quénia é o único país africano a alcançar a meta de 75% de energias renováveis no seu 'cabaz' energético. O Governo tem o plano ambicioso de alcançar 100% de energia limpa em 2020.

O projeto 'Eólico do Lago Turkana', que está ligado à rede energética queniana desde o ano passado, deverá produzir 17% da energia do país e vai permitir reduzir a dependência energética dos geradores movidos a diesel. Além disso, deve reduzir os custos da eletricidade para a população.

O diretor executivo do projeto, Rizwan Fazal, considerou que a eletricidade produzida por este parque eólico já contribuiu para uma redução do custo da energia no país.

Desafios

O país fez grandes avanços no setor de energias renováveis nos últimos anos e é considerado uma das poucas nações africanas que fazem progressos em direção à energia limpa.

Quénia quer alcançar 100% de energias limpa até 2020Foto: picture-alliance/dpa/epa/D. Kurokawa

Atualmente, cerca de 70% da eletricidade do Quénia é proveniente de fontes renováveis, como a energia hidrelétrica e a geotérmica, o que representa mais de três vezes a média global.

Apesar disso, um em cada quatro quenianos, sobretudo nas áreas rurais, não tem acesso à eletricidade. Os custos ainda são altos e frequentemente há apagões.

"Este é um marco importante na marcha contínua do país na direção da auto-suficiência na produção de energia", disse Mugo Kibati, presidente do Parque Eólico do Lago Turkana, um consórcio privado que administra a usina.

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