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Objectivos de Desenvolvimento do Milénio: luta contra a mortalidade materna na Serra Leoa

29 de outubro de 2010

Na Serra Leoa, uma em cada oito mulheres morre durante a gravidez ou de complicações no parto. Muitos não acreditam que o país consiga atingir o objectivo do milénio de redução, em 75%, da mortalidade materna até 2015.

De acordo com as Nações Unidas, na Serra Leoa regista-se a maior taxa de mortalidade materna do mundo. Na imagem: mulheres grávidas num hospital local
De acordo com as Nações Unidas, na Serra Leoa regista-se a maior taxa de mortalidade materna do mundo. Na imagem: mulheres grávidas num hospital localFoto: Sarah Bomkapre-Kamara

Doris Kargbo tem 21 anos. Está grávida pela quarta vez, mas tem apenas uma filha. Os outros dois bebés morreram pouco depois dos partos. Agora, Doris está no sexto mês de gravidez e teme que algo de mal possa acontecer-lhe a ela ou à criança. A mortalidade materna na sua terra-natal, a Serra Leoa, é uma das mais altas do mundo.

As causas de morte mais frequentes são hemorragias, infecções, pressão alta, abortos conduzidos ilegalmente e, portanto, sob condições perigosas, e partos tardios. Organizações de ajuda estimam que menos de metade dos partos no país sejam acompanhados por pessoal formado.

Doris Kargbo, grávida de seis meses, à frente de sua casa em Kabala, Serra LeoaFoto: Sarah Bomkapre-Kamara

O hospital mais próximo da localidade onde Doris vive, está situado a 10 km de distância – para mulheres grávidas, muitas vezes, um percurso longo demais, sobretudo quando as estradas estão em más condições e os meios de transporte são caros.

Em Março de 2010, o Fundo de População das Nações Unidas e o governo da Serra Leoa deram início a uma campanha de um ano contra a mortalidade materna. Contudo, muitas pessoas não acreditam que o país consiga atingir o objectivo de desenvolvimento do milénio até 2015: a redução em 75% da mortalidade materna.

Um programa da autoria de Sarah Bomkapre-Kamara, apresentado por Marta Barroso.

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