Observatório Eleitoral Angolano anuncia presença em todas as províncias
15 de agosto de 2012 Pedro Pires foi convidado pela nova presidente da Comissão da União Africana, Dlamini-Zuma, para chefiar a missão que será integrada por cerca de 30 observadores de países africanos.
No dia 26 de agosto, estará já em Angola a maioria dos observadores para as eleições gerais marcadas para 31 deste mês. Ainda não se sabe, exatamente, que delegação da União Europeia estará presente. Mas a união dos 27 Estados desembolsou 1,2 milhões de euros, segundo avançam as agências de notícias, para apoiar o processo eleitoral. E os Estados Unidos terão funcionários da sua embaixada em Luanda espalhados pelo país.
De acordo com a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), os observadores eleitorais, nacionais e estrangeiros, têm até sexta-feira (17.08) para efetuar as suas inscrições. Várias Organizações Não Governamentais (ONG), que atuam em Angola, anunciaram já que estão prontas para observar as eleições em todo o território nacional.
Quanto à observação do pleito, o coordenador executivo do Observatório Eleitoral Angolano, Luís Jimbo, explicou que “vamos realizar a observação, pelo menos, nas sedes municipais das 18 províncias”.
Além disso, esclarece ainda Luís Jimbo, o Observatório vai, “no mínimo, em cada uma de oito províncias, ter uma abrangência de mais de cinco municípios [além do município sede]. Queremos atingir 90 municípios a nível nacional para fazer a observação eleitoral. E vamos mobilizar 1500 observadores, cujo processo de credenciação já iniciou”.
"Estou preparado" para observar as eleições
O Observatório Eleitoral Angolano encerrou, recentemente (09.08), um ciclo de formações sobre educação cívica e observação eleitoral, destinado a membros de várias ONG nacionais que vão observar o processo eleitoral. Alguns dos 45 formandos, ouvidos pela DW África, conferem um balanço positivo à iniciativa. De acordo com um deles, depois da formação, “saímos com conhecimento para exercer não só a forma de votar, mas também de ensinar, educar, sensibilizar, todo o eleitorado”.
Um outro formando detalhou que aprendeu “primeiro os conceitos, os objetivos e especificamente as técnicas de observação eleitoral”, pelo que, conclui “estou preparado [para a observação das eleições], eu e os outros colegas que participaram nesta formação”.
Ao mesmo tempo que os formandos se sentem aptos para a observação eleitoral a 31 de agosto, há jornalistas que temem não estar presentes. Profissionais da comunicação social, principalmente europeus, poderão não conseguir viajar para Angola devido a dificuldades na obtenção de vistos.
Autor: Manuel Vieira (Luanda)
Edição: Glória Sousa / António Rocha