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Oito arguidos no caso do assassinato de Anastácio Matavel

Lusa
15 de novembro de 2019

A Procuradoria da província de Gaza, sul de Moçambique, acusou oito arguidos pela morte do observador eleitoral Anastácio Matavel, a 7 de outubro.

Anastácio Matavel era representante da plataforma de observação eleitoral "Sala da Paz"Foto: DW/N. Issufo

Numa nota divulgada esta sexta-feira (15.11), a Procuradoria-Geral da República (PGR) refere que quatro dos acusados encontram-se detidos e outros quatro estão em liberdade.

A entidade não indica se entre os acusados estão os três polícias já detidos por alegada participação no homicídio, mas fonte judicial assegurou à agência de notícias Lusa que "a maioria dos acusados são agentes da polícia".

De acordo com o comunicado da Procuradoria-Geral da República, a acusação imputa às oito pessoas os crimes de homicídio qualificado, dano culposo e falsificação praticada por servidor público no exercício das suas funções.

Assassinato

Anastácio Matavel, editor executivo do Fórum de Organizações Não-Governamentais de Gaza (Fonga) e representante da Sala da Paz, uma plataforma de observação eleitoral, foi morto a tiro por um grupo de quatro polícias do Grupo de Operações Especiais (GOE) e um civil, quando saía de uma ação de formação de observadores eleitorais, na cidade de Xai-Xai.

O homicídio provocou repúdio e condenação em Moçambique e fora do país, por se tratar de um ativista da sociedade civil envolvido na observação eleitoral e que morreu durante a campanha para as eleições gerais de 15 de outubro, numa província conhecida pela intolerância política contra opositores da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder.

Moçambique: "Sala da Paz" classifica de cruel e intimidador assassinato de Matavel

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