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Scholz: "Ninguém quer uma guerra entre NATO e Rússia"

Lusa | DPA
2 de março de 2024

O chanceler alemão, Olaf Scholz, advertiu hoje que a União Europeia (UE) não vai enviar militares para a Ucrânia e que ninguém quer uma guerra entre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e a Rússia.

Olaf Scholz, chanceler alemão
Chanceler alemão frisa que é necessário "fazer de tudo para evitar" uma guerra entre os dois blocosFoto: Kay Nietfeld/dpa/picture alliance

“Na reunião de segunda-feira, em Paris, deixámos bem claro: a NATO, ou qualquer um dos nossos países, não participará nesta guerra. Não vamos enviar soldados europeus para a Ucrânia, não queremos uma guerra entre a NATO e a Rússia”, disse Olaf Scholz, no encerramento do congresso do Partido Socialista Europeu, em Roma, capital de Itália.

O chanceler alemão acrescentou que é necessário “fazer de tudo para evitar” uma guerra entre os dois blocos.

No entanto, Scholz considerou que a paz hoje só é possível se o Presidente russo, Vladimir Putin, decidir retirar as suas tropas do território ucraniano ocupado, mas considerou essa possibilidade praticamente impossível enquanto Putin achar que “consegue ganhar alguma coisa” no campo de batalho.

Por isso, continuou, é preciso assegurar que “a Ucrânia não fique sem dinheiro, sem armamento e munições” para continuar a tentar repelir a invasão russa.

Os comentários surgem depois de o Presidente francês Emmanuel Macron ter afirmado que não exclui o envio de tropas para a Ucrânia. Muitos outros líderes distanciaram-se da ideia. Scholz afirmou que, do ponto de vista alemão, não haverá de tropas terrestres.

Apesar das posições divergentes sobre o apoio à Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Stéphane Séjourné, já afirmou que não via qualquer divergência entre a França e a Alemanha.

"Não há um conflito franco-alemão, concordamos em 80% das questões", disse Séjourné numa entrevista ao jornal Le Monde.

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