Macky Sall foi eleito como Presidente do Senegal há cinco anos. A 25 de março de 2012, na segunda volta das presidenciais, Sall derrotou Abdoulaye Wade, fortemente criticado pela candidatura a um terceiro mandato.
Publicidade
Uma das prioridades estabelecidas pelo então recém-eleito Presidente foi o combate à corrupção. Macky Sall reativou, por isso, o Tribunal de Repressão do Enriquecimento Ilícito, um tribunal especial que julgou, nomeadamente, Karim Wade, o filho do seu antecessor, acusado de desvio de fundos públicos.
Da desilusão ao otimismo: 5 anos de Macky Sall
Durante a campanha presidencial, Sall fez também várias promessas no que diz respeito a reformas políticas, à boa governação e à justiça social.
Mas, cinco anos depois, os senegaleses estão divididos quando ao desempenho do chefe de Estado.
"Estou desiludido. Os problemas que existiam no Governo de Wade mantêm-se", diz Albert Coly, reformado. Outro residente na capital senegalesa, Dakar, concorda: "Acho que a situação está pior, porque tivemos mais do mesmo", afirma Adja Fatou.
É preciso paciência, dizem alguns
Nas ruas da capital senegalesa, há, porém, quem também esteja satisfeito com o desempenho do Presidente Macky Sall nos últimos anos: "Não é fácil, quando nos comprometemos a reconstruir. Há quem não consiga esperar e há quem tenha uma visão prospetiva. Mas os cinco anos de Macky Sall foram, no geral, positivos", comenta Khalifa Ababacar Gaye.
Macky Sall fez muito no plano social, considera Eric, outro residente. Apesar de continuar a apoiar o Presidente, o senegalês condena, no entanto, os abusos de poder: "A única coisa que lamento é que ele é visto como alguém que faz uma 'caça às bruxas'. No seu mandato houve momentos de grande tensão política em que opositores foram detidos.
Macky Sall deverá continuar na Presidência até 2019, apesar de ter prometido, em 2012, que iria reduzir de sete para cinco anos os mandatos presidenciais no Senegal. No ano passado, o chefe de Estado senegalês anunciou que a Constituição não permite reduzir o mandato em curso.
2012: Eleições no Senegal
Em 25 de março de 2012, Macky Sall venceu a segunda volta das presidenciais no Senegal. Abdoulaye Wade aceitou a derrota e angariou simpatia mundial. Comunidade internacional elogia votação.
Foto: AP
Sall vence segunda volta - Wade aceita derrota
No último domingo (25.03), Macky Sall venceu a segunda volta das presidenciais no Senegal. Abdoulaye Wade aceitou a derrota e angariou simpatia mundial. O presidente da comissão da UA, Jean Ping, falou sobre "maturidade da democracia". O porta-voz da UE, Michael Mann, considerou "um muito bom exemplo". O líder francês, Nicolas Sarkozy, felicitou Wade.
Foto: REUTERS
Declarações do presidente eleito
"Nesta noite de domingo, um resultado saiu das urnas, o grande vencedor é o povo senegalês", declarou Macky Sall numa conferência de imprensa garantindo que será "o presidente de todos os senegaleses". O sufrágio presidencial decorreu de forma pacífica no Senegal e tem sido elogiado pela comunidade internacional.
Foto: REUTERS
Manifestações de apoio a Sall
Apoiadores do candidato da oposição e vencedor das presidenciais 2012 manifestam alegria com a vitória de Macky Sall, que venceu na segunda volta do escrutínio. Os partidários de Sall quiseram mostrar ao mundo sua satisfação com a vitória.
Foto: REUTERS
Macky Sall novo presidente do Senegal - Abdoulaye Wade abandona o poder
O ex-primeiro-ministro do Senegal, Macky Sall, foi eleito no domingo (25.03) presidente do país, colocando fim a 12 anos de poder de Abdoulaye Wade. Este reconheceu a sua derrota nas eleições presidenciais no país, quando os primeiros resultados deram conta de um grande avanço de Macky Sall. Wade candidatava-se a um terceiro mandato, mas foi obrigado a disputar uma segunda volta com Sall.
Foto: AP
Festa nas ruas
Momentos depois de Abdoulaye Wade admitir a derrota nas presidenciais 2012, milhares de pessoas invadiram as ruas da sede do partido político de Macky Sall, cantando, dançando e fazendo soar alto as buzinas dos carros. Os observadores não esperavam que Wade aceitasse a derrota. Apesar de um período pré-eleitoral marcado por protestos e tensão, o escrutínio decorreu de forma pacífica no Senegal.
Foto: REUTERS
Abdoulaye Wade admite derrota e parabeniza rival
O presidente do Senegal, Abdulaye Wade, admitiu a derrota nas eleições presidenciais do último domingo (25.03), quando os primeiros resultados davam conta de um grande avanço do adversário Macky Sall. Segundo a Agência Noticiosa do Senegal, Wade telefonou ao rival para felicitá-lo.
Foto: Reuters
Wade busca votos de última hora
Dias antes da segunda volta das eleições, o presidente do Senegal Abdoulaye Wade foi ao subúrbio de Dacar angariar votos. Apesar do esforço, Wade perdeu o cargo mais importante do país para o rival Macky Sall.
Foto: AP
Segunda volta no Senegal
A candidatura de Abdoulaye Wade para um terceiro mandato não foi bem acolhida no Senegal. A taxa de participação, segundo dados da Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA), foi inferior à das presidenciais de 2007. Segundo resultados da primeira volta destas presidenciais (26.02), Wade conquistou 34,8 % dos votos. Macky Sall reuniu 25,5 %.
Foto: Reuters
Macky Sall - de apoiante de Wade a opositor e sucessor
Macky Sall disputou e venceu as presidenciais do Senegal como oposição, mas já foi aliado e até primeiro-ministro de Wade. Macky Sall, de 50 anos de idade, terminou a sua aliança com Wade no ano de 2008. Esteve na presidência da Câmara Municipal da cidade de Fatick, no oeste do Senegal, e agora irá ocupar o cargo mais importante de seu país.
Foto: dapd
Insatisfação popular - repressão
A terceira candidatura de Abdoulaye Wade originou protestos no Senegal. Em 15.02, a polícia reprimiu manifestações em Dacar. Depois da violência pré-eleitoral, que deixou cerca de 15 mortos, segundo diferentes fontes, as duas voltas das presidenciais decorreram num ambiente calmo. (Autores: Johannes Beck/Carla Fernandes/Cris Vieira/LUSA/Reuters Edição: Helena Gouveia/Renate Krieger)