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PolíticaÁfrica do Sul

Oposição da África do Sul pede voto para destituir Governo

Lusa
26 de maio de 2024

Ao fim de 30 anos de democracia plurirracial, a África do Sul prepara-se para iniciar a mais importante transição da sua história pós-apartheid, a confirmar-se a perda da maioria parlamentar do ANC nas eleições gerais.

John Steenhuisen | Aliança Democrática
"Se todos os eleitores da Aliança Democrática comparecerem no dia das eleições, podemos vencer", assinalou John SteenhuisenFoto: MICHELE SPATARI/AFP

O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) está no poder na África do Sul desde que Nelson Mandela venceu, em 1994, as primeiras eleições multirraciais.

“Na quarta-feira vão ter nas mãos a caneta que escreverá um novo capítulo para a África do Sul”, apontou o líder da oposição, John Steenhuisen, que lidera a Aliança Democrática (centro direita).

No último comício do partido antes das eleições, que se realizou este domingo (26.05) nos arredores de Joanesburgo, Steenhuisen falava para 15.000 apoiantes.

“Se ter as pessoas erradas em posições de poder está a destruir a África do Sul, então eleger as pessoas certas para o Governo pode resgatar a África do Sul”, notou.

Eleições gerais prometem transição histórica no país

Ao fim de 30 anos de democracia plurirracial, a África do Sul prepara-se para iniciar a mais importante transição da sua história pós-apartheid, a confirmar-se a perda da maioria parlamentar do ANC nas eleições gerais.

Pela primeira vez na sua história, o Congresso Nacional Africano (ANC) deverá obter um resultado abaixo dos 50% dos votos e ser forçado a concertar-se no parlamento sul-africano para reeleger o seu candidato à Presidência, Cyril Ramaphosa, para um segundo mandato de cinco anos, e isso marcará o início de uma mudança fundamental no quadro político, consagrando o “virar da esquina” da ainda maior economia do continente africano.

A forma como se entenderão os 400 membros da Assembleia Nacional na Cidade do Cabo para escolher o chefe de Estado e do Governo, que dirigirá o país a cerca de 400 quilómetros, em Pretória, dependerá da expressão eleitoral do ANC nas eleições de quarta-feira.

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