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Recrutamento indevido de 10 mil polícias na Guiné-Bissau

Lusa
7 de julho de 2021

Os três partidos na oposição no parlamento da Guiné-Bissau denunciaram e condenaram hoje o recrutamento indevido de mais de 10 mil polícias para o Ministério do Interior.

Foto: DW/Braima Darame

A denúncia foi feita em conferência de imprensa para fazer um balanço da sessão da legislatura, que terminou segunda-feira (05-07), pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, União para a Mudança e Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau.

Os três partidos condenaram o "recrutamento indevido de mais de 10.000 polícias no Ministério do Interior, que continuam sem nenhum vínculo contratual com o Estado".

"Nesta mesma senda de violações das leis do país, assistimos ao titular desta pasta numa verdadeira campanha eleitoral milionária, passeando por todo o território nacional delapidando o erário público", lê-se no balanço divulgado à imprensa.

Ações violentas em Bafatá

Os partidos condenam também as "recorrentes ações violentas das forças de segurança ocorridas", que violam todas as "regras e os direitos dos cidadãos".

Em relação ao último caso, que ocorreu na segunda-feira em Bafatá, quando jovens foram humilhados e torturados pelas forças de segurança quando se preparavam para reivindicar o direito a luz elétrica, os três partidos exigem a demissão do comissário da polícia de Bafatá.

Os partidos alertaram também para o "aumento exorbitante dos preços de produtos de primeira necessidade" devido ao aumento de impostos e para os "subsídios milionários aos titulares de órgãos de soberania".

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