Presidência da Zâmbia passa para a oposição
16 de agosto de 2021"Declaro Hakainde Hichilema como Presidente eleito da República da Zâmbia, neste decimo sexto dia de agosto de 2021”, disse o presidente da Comissão Eleitoral, Esau Chulu.
O empresário, também conhecido por "HH" ou "Bally", venceu o Presidente em exercício, Edgar Lungu, que governa o país desde 2015, com uma diferença de quase um milhão de votos, num escrutínio que registou uma elevada afluência às urnas. E os apoiantes tomaram conta das ruas para celebrar a vitória eleitoral.
Esta foi a terceira vez que Hichilema enfrentou Lungu nas urnas. Em 2016, perdeu por apenas 100.000 votos.
Após o anúncio da sua vitória, o Presidente eleito Hakainde Hichilema denunciou esta segunda-feira o "regime brutal" do seu antecessor, Edgar Lungu, e prometeu "melhor democracia" no seu primeiro discurso, pouco depois de Presidente cessante ter reconhecido a vitória do adversário.
"HH", como é conhecido, disse que ele e os seus apoiantes foram vítimas de um "regime brutal, agora de saída" e comprometeu-se "a promover uma melhor democracia", bem como "o respeito pelos direitos humanos, liberdades e direitos fundamentais".
Lungu reconhece derrota
O ainda Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, admitiu hoje a derrota nas eleições presidenciais, num discurso feito ao meio-dia, na rádio, em que felicitou o seu rival de longa data Hakainde Hichilema, homem de negócios de 59 anos, pela vitória eleitoral.
"Quero felicitar o meu irmão, Hakainde Hichilema, presidente eleito, que se torna o sétimo Presidente da República" da Zâmbia, disse Lungu, que governa o país desde 2015. "Procurei servir o meu país da melhor forma que me foi possível", acrescentou.
A participação de mais de 70% da população confirmou o entusiasmo por estas eleições, durante as quais algumas mesas de voto permaneceram abertas até às 05:00 da manhã, para permitir que os eleitores que esperavam em filas desde o final da tarde pudessem votar.
Artigo atualizado às 14h19 do Tempo Universal Coordenado (UTC) com declarações de Hakainde Hichilema e Edgar Lungu.