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Opositor Soumaila Cissé e outros reféns libertados no Mali

Lusa | AFP
9 de outubro de 2020

O opositor maliano Soumaila Cissé e a trabalhadora humanitária francesa Sophie Pétronin, raptados e libertados por extremistas islâmicos na terça-feira, já chegaram a Bamako. Dois italianos também foram libertados.

Soumala Cissé, candidato presidencial por três vezes, estava desaparecido desde marçoFoto: Boubacar Sada Sissoko/AP Photo/picture-alliance

A libertação de Soumaila Cissé, raptado em março deste ano, e de Sophie Pétronin, sequestrada em dezembro de 2016, surge depois de as autoridades do Mali terem permitido, no fim de semana, a saída em liberdade de 180 extremistas islâmicos.

O Governo do Mali declarou apenas que as libertações resultaram dos esforços combinados dos serviços de inteligência e dos militares malianos. 

Pelo menos dois cidadãos italianos sequestrados no Níger em 2018 também estão entre os reféns libertados no Mali. Segundo o Governo maliano, trata-se dos cidadãos Nicola Chiacchio e Pier Luigi Maccalli, que tinham sido raptados por grupos jihadistas. 

Em dezembro de 2016, membros de milícias terão raptado Pétronin, agora com 75 anos, da cidade de Gao, onde se encontrava a ajudar órfãos. Dezoito meses depois, surgiu num vídeo divulgado pelo grupo JNIM, associado à al-Qaida.

Soumala Cissé, 70 anos, foi candidato presidencial por três vezes e desapareceu em março, durante a campanha para a sua reeleição para o cargo de deputado nas eleições legislativas, que viriam a realizar-se poucos dias depois.

Sophie Pétronin tinha sido sequestrada em 2016Foto: AP Photo/picture-alliance

Macron: Libertação "é um grande alívio" 

O Presidente de França disse hoje que a libertação de Sophie Pétronin, uma cidadã francesa sequestrada há quase quatro anos na cidade de Gao, onde se encontrava a ajudar órfãos, "é um grande alívio", mas a "luta contra o terrorismo" no Sahel ainda não acabou. 

"Sophie Pétronin é livre", escreveu ao início da noite de hoje Emmanuel Macron na rede social Twitter.

Gao, a maior cidade do norte do Mali, é uma das zonas mais inseguras do país, que escapa ao controlo do Governo central e onde operam vários grupos extremistas locais que atacam com frequência o exército e as forças da Organização das Nações Unidas (ONU) na zona (MINUSMA). 

Depois de um agradecimento às autoridades malianas, Macron acrescentou que "a luta contra o terrorismo" na região do Sahel "continua".  Em comunicado divulgado pela Presidência francesa, citado pela agência France-Presse (AFP), Macron garante o apoio de Paris a Bamako no combate ao terrorismo.  

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