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Pós-Idai: Hospital da Beira custará 1,5 milhões de euros

Lusa
8 de setembro de 2019

Reconstrução do Hospital da Beira, em Moçambique, deverá custar 1,5 milhões de euros. ONGD prevê inauguração dos primeiros blocos no final deste mês.

Mosambik Feldkrankenhaus in Macurungo, Beira
Pacientes são atendidos após a passagem do ciclone Idai na Beira (Foto de Arquivo).Foto: DW/F. Forner

A reconstrução do Hospital da Beira, em Moçambique, está orçada em 1,5 milhões de euros e a organização não-governamental de desenvolvimento (ONGD) portuguesa Health4MOZ prevê inaugurar no final deste mês os primeiros três blocos que recuperou. 

Uma das primeiras organizações a avançar para Moçambique logo após a devastação provocada pela passagem do ciclone Idai, em março, em parceria com a Ordem dos Médicos, a Health 4 Mozambican Children and Families, através do movimento "Unidos pela Beira" definiu dois objetivos: apoiar em termos médico e medicamentosos os colegas do Hospital Central da Beira e a reconstrução da unidade.

Carla Rego, da ONGD, explicou tratar-se de "uma unidade de fim de linha, o segundo maior do país, que abrange nove milhões de habitantes num total de quatro províncias de Moçambique, que devido ao ciclone Idai ficou gravemente danificado".

Evitar riscos

Vítimas do Idai são atendidas na Beira (Foto de Arquivo).Foto: DW/F. Forner

O hospital será construído em blocos diferenciados, que não têm ligação física entre si, "pois em África assume-se que separando os blocos o risco de haver infeção cruzada é menor", todos eles "ficaram sem teto" além de que o facto de ter "continuado a chover nos dias seguintes deixou inoperacional o bloco cirúrgico", explicou. 

"A Health4MOZ assumiu a recuperação total do hospital", sublinhou a responsável da ONGD, com o "total das obras orçado em 1,5 milhões de euros".  

Para consumar o primeiro dos dois objetivos, relatou Carla Rego, "foram feitas duas missões à Beira, em maio e em julho, sendo que ainda em maio, arrancaram as obras no hospital", devendo ocorrer no final deste mês "a inauguração dos primeiros três pavilhões totalmente recuperados, um deles o bloco cirúrgico".

Seguindo a vontade da administração do hospital na planificação e execução das obras, na mesma data serão também inaugurados os pavilhões de imagiologia e de serviço de sangue, acrescentou a médica.

À procura de verbas

Centro de atendimento médico em Moçambique (Foto de Arquivo)Foto: Lena Mucha

As câmaras do Porto e de Coimbra, que juntamente com a vila de Sintra estão geminadas com a Beira, "contribuíram cada uma com 100 mil euros, o que faz com que a reconstrução do bloco cirúrgico tenha sido quase na íntegra suportada pelos dois municípios", mas a ONGD continua à procura de verbas para avançar com as obras.

Enfermarias, consulta externa e apetrechamento da neonatologia serão os próximos três blocos a serem recuperados pela Health4MOZ. 

Nesta lógica, a World Doctors Orchestra, uma orquestra internacional constituída exclusivamente por médicos-músicos de vários países que dão concertos de beneficência por todo o mundo, estará pela primeira vez em Portugal com o seu maestro titular Stefan Willich para dois concertos, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e na Casa da Música, no Porto, nos dias 20 e 21 de setembro, respetivamente.

O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique, em março, causou 604 vítimas mortais e afetou cerca de 1,8 milhões de pessoas.

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