Partido ANAMOLA agenda primeiro congresso para junho de 2026
23 de setembro de 2025
"Realizamos uma deliberação para a realização do convénio, o que é conhecido como congresso. Então, já está marcado o nosso convénio, primeiro convénio nacional ANAMOLA já está marcado para 20, 21 e 22 de junho do ano 2026 e vai decorrer na cidade de Nampula", anunciou o porta-voz do partido Anamola, Dinis Tivane.
Mais de 300 participantes, entre nacionais e estrangeiros, estiveram nos últimos três dias no primeiro Conselho Nacional do Anamola, na província de Sofala, evento que se iniciou no sábado (20.09) com o lançamento oficial do movimento político.
Na sua declaração marcando o fim do Conselho Nacional do partido, o porta-voz disse que foram aprovados 10 instrumentos jurídicos que vão reger o funcionamento do partido, dentre os quais se destaca o regimento que regula as sessões da formação política e um regulamento disciplinar que identifica os tipos de infrações e as suas sanções dentro da organização.
O partido aprovou também um regulamento que determina as normas para as eleições das lideranças dentro da formação política.
"Temos um pacote de legislação que compreende 10 instrumentos jurídicos, portanto, é a maior festa que podemos dizer de instrumentos jurídicos e justifica que este é o partido que se implantou para atuar no Estado moçambicano como um verdadeiro partido que entende que o Estado moçambicano é um Estado de direito democrático", disse Dinis Tivane.
Défice de um milhão de meticais
O primeiro Conselho Nacional do ANAMOLA custou ao partido pouco mais de 5,6 milhões de meticais (74.274 euros), com a formação a declarar défice de pouco mais de um milhão de meticais (14.588 euros). Segundo o porta-voz do partido, este valor serviu para pagar despesas relativas à organização, alojamento, viagens, transporte e comunicações, incluindo atividades culturais.
"Para este evento, que decorreu com grande apoio do povo moçambicano, entramos com um défice de 1,1 meticais, significando que a esta altura devemos negociar com as entidades que nos prestaram serviços ou nos forneceram bens para um pagamento faseado", disse Tivane.
Em 21 de setembro, o político moçambicano Venâncio Mondlane defendeu, na Beira, que a execução orçamental do sistema judicial nacional tem que ser "profundamente, totalmente e absolutamente autónomo", reiterando a necessidade de reformas no sistema eleitoral do país.
O partido ANAMOLA foi aprovado em 15 de agosto pelo Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos de Moçambique, num pedido de registo que deu entrada em abril.