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Pelo menos 239 mortos em confrontos étnicos na Etiópia

Lusa | DPA | tms
8 de julho de 2020

Entre as vítimas estão nove polícias, cinco membros de milícias e 215 civis. Confrontos ocorreram na semana passada após a morte de um ativista de etnia oromo.

Foto: Reuters/Str

Além das mortes, a polícia confirmou também esta quarta-feira (08.07) a detenção de mais de 3.500 cidadãos durante os protestos. Entre os detidos está o conhecido ativista oromo Jawar Mohammed.

Inicialmente as autoridades de Adis Abeba tinham indicado a morte de 10 pessoas na sequência de confrontos na capital do país. No fim de semana, o número subiu para 150, mas as autoridades avançaram que havia muitos feridos hospitalizados e que o número de mortes poderia aumentar.

Os confrontos intercomunitários e entre manifestantes e a polícia foram desencadeados pelo assassinato do cantor popular Hachalu Hundessa, o portador da bandeira a etnia oromo, que foi morto a tiro por desconhecidos em 29 de junho, na capital.

Hachalu Hundessa, ativista e cantor oromo assassinado em Adis AbebaFoto: Leisa Amanuel

O primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed disse esta terça-feira (07.07) que a violência da semana passada no país não o demoverá do objetivo de começar a encher este mês aGrande Barragem Renascentista, no Nilo.

"Tentativas coordenadas"

O primeiro-ministro etíope já tinha denunciado na sexta-feira (03.07) "tentativas coordenadas" de desestabilizar o país, sem referir quem estaria envolvido. Ontem, foi mais longe, sugerindo que o episódio tenha sido planeado com a intenção de atrasar o enchimento da barragem.

A violência tinha o objetivo de fazer com que o Governo etíope "desviasse os olhos da barragem", afirmou Abiy Ahmed numa sessão de perguntas e respostas com os deputados.

O pior episódio de violência desde que Abiy Ahmed chegou ao poder em 2018 aconteceu na semana passada, em Adis Abeba e na região circundante de Oromia.

Esta é a minha cidade: Addis Abeba

03:33

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