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TerrorismoSomália

Quatro mortos em ataque do grupo Al-Shabab em Mogadíscio

DW (Deutsche Welle) | Lusa
28 de novembro de 2022

Pelo menos quatro pessoas foram mortas, no domingo, quando atacantes armados invadiram um hotel perto do palácio presidencial na capital da Somália, Mogadíscio, num ataque reivindicado pelo grupo extremista Al-Shabab.

Foto de arquivo
Foto de arquivoFoto: Feisal Omar/REUTERS

Várias horas após o ataque, os tiros continuavam a ser ouvidos no Villa Rose, um hotel frequentado por funcionários governamentais e deputados.

"Um grupo de combatentes do Al-Shabab atacou um hotel comercial de Bondhere e as forças de segurança envolveram-se num tiroteio para os eliminar", disse o porta-voz da polícia nacional, Sadik Dudishe.

No domingo (27.11), o grupo Al-Shabab também reivindicou, numa emissão da sua rádio, o ataque ao edifício. À noite, o hotel continuava sitiado, ao mesmo tempo que decorria um tiroteio entre as forças da segurança e os rebeldes.

Abdi Hassan, um funcionário do governo que vive perto do hotel, disse à agência de notícias Associated Press que vários colegas estavam dentro do hotel quando o ataque começou, uma vez que viu alguns a saltar o perímetro de segurança, enquanto outros foram resgatados.

O hotel não fica longe do palácio presidencial, situado no centro de Mogadíscio, onde se ouviu uma explosão, seguida de tiros.

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"Guerra total" aos extremistas

Estes incidentes vêm depois do exército somali, com o apoio dos Estados Unidos, ter aumentado o ritmo das operações contra o grupo extremista, como parte da "guerra total" declarada pelo Presidente somali, Hassan Shaykh Mohamud.

O ataque ocorreu dois dias depois de uma operação do exército somali, no centro do país, na qual pelo menos uma centena de combatentes do Al-Shebab morreu.

Os ataques terroristas são comuns em Mogadíscio e noutras partes desta nação situada na região do Corno de África.

No mês passado, pelo menos 120 pessoas foram mortas em dois atentados com carros armadilhados num cruzamento rodoviário em Mogadíscio, num ataque não reivindicado, mas atribuído ao Al-Shebab, que se opõe ao governo federal da Somália, apoiado por forças de manutenção da paz da União Africana.

Os Estados Unidos descreveram o Al-Shebab como uma das organizações mais mortíferas da rede terrorista Al-Qaida, tendo realizado dezenas de ataques aéreos nos últimos anos contra o grupo. 

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