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Gás natural: Petrolífera Eni promete "projetar Moçambique"

Lusa
16 de janeiro de 2025

Diretor-executivo da petrolífera Eni garantiu ao novo Presidente Daniel Chapo, que prevê alargar a operação no projeto de Gás Natural Liquefeito (GNL) na bacia do Rovuma, "projetando Moçambique no panorama global".

Navio plataforma Saipem na Bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, Moçambique
Navio plataforma Saipem na Bacia do RovumaFoto: ENI East

Numa carta de felicitações à eleição de Daniel Chapo como Presidente da República, empossado quarta-feira no cargo, o líder da petrolífera italiana assume o "compromisso da Eni em reforçar ainda mais a colaboração".

"Projetando Moçambique no panorama global do GNL e alargando a nossa estratégica parceria através da implementação do projeto Coral Norte FLNG na Bacia do Rovuma. Esteja certo de que o nosso objetivo é apoiar a estratégia de desenvolvimento a longo prazo de Moçambique, através de iniciativas de conteúdo local e aceleração da transição energética do país com a nossa iniciativa de óleo vegetal e projetos florestais", lê-se na carta, a que a Lusa teve hoje acesso.

Fonte da petrolífera Eni, concessionária da Área 4 do Rovuma, disse em outubro de 2023 à Lusa que já discutia com o Governo o desenvolvimento de uma segunda plataforma flutuante, cópia da primeira (Coral sul) e designada Coral norte, para aumentar a extração de gás.

"A Eni finalizou o Plano de Desenvolvimento, que está atualmente em discussão com os parceiros e o Governo de Moçambique para aprovação final. Ao mesmo tempo, a Eni está a avançar com processos de aquisição, estudos de impacto ambiental, etc., incluindo contratos associados à perfuração", disse fonte oficial da petrolífera italiana, questionada pela Lusa.

Este plano envolve a aquisição de uma segunda plataforma flutuante FNLG, para a área Coral norte, idêntica à que opera na extração de gás, desde meados de 2022, na área Coral sul.

Moçambique: Treinar mão-de-obra local para exploração de gás

02:24

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Chapo promete medidas para revitalizar economia

Daniel Chapo anunciou na quarta-feira, no discurso de investidura, a criação de um Banco de Desenvolvimento de Moçambique, financiado com recursos do gás natural, entre um amplo conjunto de medidas para revitalizar a economia e apoiar a população.

"Vamos criar o Banco de Desenvolvimento de Moçambique para desenvolver infraestruturas, financiar e melhor impulsionar projetos estratégicos para o progresso do nosso país. Com os recursos gerados pelos ativos do gás, vamos capitalizar esse banco e investir de imediato em projetos que transformem a vida dos moçambicanos", disse o Presidente.

Um estudo da consultora Deloitte concluiu em 2024 que as reservas de GNL de Moçambique - que conta atualmente com projetos em curso ou em estudo de multinacionais petrolíferas como a TotalEnergies, ExxonMobil e Eni - representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares (96,2 mil milhões de euros), destacando a importância internacional do país na transição energética.

"As vastas reservas de gás do país poderão fazer de Moçambique um dos dez maiores produtores mundiais, responsável por 20% da produção de África até 2040", refere o relatório.

 

 

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