Polícia alemã detém líder independentista da Catalunha
EFE | Lusa | tms
25 de março de 2018
Carles Puigdemont, que liderou a tentativa de independência da Catalunha, foi detido na fronteira com a Dinamarca, quando tentava cruzar a Alemanha de carro até a Bélgica, onde estava refugiado.
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Na Alemanha, a polícia deteve na manhã deste domingo (25.03) o ex-presidente do Governo regional da Catalunha, Carles Puigdemont. Segundo as autoridades alemãs, ele foi detido junto à fronteira com a Dinamarca, numa autoestrada no estado de Schleswig-Holstein, quando tentava atravessar a Alemanha por terra até a fronteira com a Bélgica.
O advogado de Puigdemont, Jaume Alonso-Cuevillas, confirmou que o político está retido pela polícia alemã. A detenção acontece na sequência de um mandato de detenção europeu e internacional por parte do Supremo Tribunal espanhol, emitido na sexta-feira.
O Supremo espanhol decidiu aplicar prisão efetiva sem fiança a cinco políticos independentistas catalães, acusados de delito de rebelião devido à tentativa de criação de uma república independente naquela região do país, em outubro do ano passado.
O ex-presidente do Parlamento da Catalunha, refugiado há alguns meses na Bélgica, deslocou-se nos últimos dias a Helsínquia, na Finlândia, para dar uma conferência, uma deslocação destinada a internacionalizar o processo independentista da Catalunha. Segundo o deputado finlandês Mikko Kärnä, Puigdemont já deixou Helsínquia na sexta-feira à noite.
O advogado tinha assegurado no sábado que Puigdmeont se apresentaria à polícia da Finlândia, mas depois afirmou que o político catalão já não estava nesse país nórdico e seguiria "à disposição da Justiça belga".
O juiz do Supremo Tribunal espanhol, Pablo Llarena, emitiu também mandados de detenção europeus e internacionais contra seis dirigentes independentistas pelo seu papel na tentativa de secessão da Catalunha, entre os quais Carles Puigdemont.
O Executivo de Espanha, amparado na Constituição, destituiu Puigdemont e todos seus conselheiros a 27 de outubro de 2017, depois que o Parlamento da Catalunha aprovou uma declaração a favor da independência.
Chefes de Governo da Alemanha: de Adenauer a Merkel
Desde 1949, a Alemanha teve oito chanceleres: sete homens e uma mulher. A chanceler atual, Angela Merkel, conseguiu um quarto mandato nas eleições legislativas de setembro de 2017.
Foto: picture-alliance-dpa/O. Dietze
Konrad Adenauer (CDU), 1949-1963
A eleição de Konrad Adenauer do partido democrata-cristão CDU como primeiro chefe de Governo da Alemanha, em 15 de setembro de 1949, marcou o início de um longo processo de reestruturação política no país. Reeleito em 1953, 1957 e 1961, renunciou ao cargo apenas aos 87 anos de idade, em 1963. Fortaleceu a aliança com os Estados Unidos da América. Na foto: no seu escritório em Bona.
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Ludwig Erhard (CDU), 1963-1966
O segundo chanceler da Alemanha também pertenceu à CDU, mas esteve apenas três anos no Governo. Erhard renunciou devido ao rompimento da coligação com o partido liberal FDP. Mesmo assim, participou de forma ativa da reforma monetária alemã do pós-guerra. O fumador convicto ficou famoso como "pai" da economia social de mercado ("Soziale Marktwirtschaft") e do milagre económico alemão.
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Kurt Georg Kiesinger (CDU), 1966-1969
Foi eleito por uma grande coligação dos dois partidos CDU e SPD (de esquerda). O seu Governo teve que combater uma crise económica. Kiesinger foi duramente criticado pelo seu passado como membro ativo do partido nacional-socialista NSDAP durante a ditadura fascista na Alemanha. Com a ausência de uma oposição forte no Parlamento, formou-se em 1968 um movimento de protesto estudantil na Alemanha.
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Willy Brandt (SPD), 1969-1974
A onda de protestos teve reflexos nas eleições: Willy Brandt tornou-se no primeiro chanceler social-democrata no pós-guerra. Melhorou as relações com os países comunistas do leste. Durante uma visita à Polónia, ajoelhou-se no monumento pelas vítimas do nazismo no Gueto de Varsóvia. Gesto que ficou famoso como pedido de desculpas. Renunciou ao cargo em consequência de um caso de espionagem.
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Helmut Schmidt (SPD), 1974-1982
Após a renúncia de Brandt, Helmut Schmidt prestou juramento como chanceler. O social-democrata teve de combater o terrorismo do grupo extremista de esquerda RAF. Negou negociar com os terroristas alemães. Enfrentou a oposição por causa do estacionamento de mísseis nucleares dos EUA na Alemanha. Depois da saída do Governo do parceiro FDP (liberais), perdeu um voto de confiança no Parlamento.
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Helmut Kohl (CDU), 1982-1998
Helmut Kohl formou uma nova coligação centro-direita com os liberais. Ficou 16 anos no poder, um recorde. Ficou famoso pela sua teimosia e por não gostar de reformas. Depois da queda do Muro de Berlim, Kohl consegui reunificar as duas Alemanhas, a RFA ocidental e a RDA oriental. Ficou conhecido como "chanceler da reunificação". T ambém é lembrado pelo seu empenho na construção da União Europeia.
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Gerhard Schröder (SPD), 1998-2005
Depois de quatro mandatos de Kohl, o desejo de mudança aumentou. Gerhard Schröder foi eleito primeiro chanceler de uma coligação de esquerda entre o SPD e os Verdes. Durante o seu Governo, o exército alemão, Bundeswehr, teve as primeiras missões no estrangeiro com a participação na guerra no Afeganistão. Reduziu os subsídios sociais, medida que foi criticada dentro do seu partido social-democrata.
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Angela Merkel (CDU), desde 2005
Em 2005, Merkel é eleita como primeira mulher na chefia do Governo alemão. Durante o primeiro e terceiro mandato, governou numa grande coligação com o SPD, no segundo mandato numa coligação de centro-direita com os liberais do FDP. Merkel é conhecida pelo estilo pragmático de liderança. Durante a crise financeira, assumiu um papel de liderança na UE. Em 2017, conseguiu o seu quarto mandato.