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Polícia guineense dispersa manifestantes em tribunal

Lusa | sq | db
24 de maio de 2024

A polícia da Guiné-Bissau dispersou um grupo de ativistas que aguardavam, em frente ao tribunal, a audiência judicial de oito membros da Frente Popular, que se manifestaram contra o regime.

Guinea-Bissau | Demonstrationen | Polizei
Foto: Iancuba Danso/DW

A polícia da dispersou hoje (24.05) um grupo de pessoas à porta do tribunal que aguardavam pela audiência dejulgamento de oito ativistas que se posicionaram contra o regime.

O tribunal regional de Bissau deveria analisar, na quinta-feira, um pedido de 'habeas corpus' interposto pelos advogados de oito cidadãos detidos há cerca de uma semana.

Os detidos são membros da Frente Popular, plataforma que junta associações juvenis, grupo de mulheres e sindicatos.

A audiência de quinta-feira foi protelada para as 12:00 de hoje e o grupo de ativistas juntou-se à porta do tribunal, em solidariedade.

Por volta das 13:00 um contingente da Polícia de Ordem Pública chegou ao local, dando ordens de dispersão aos ativistas e jornalistas.

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O grupo ainda esboçou protestos, mas rapidamente acabou por abandonar a porta do tribunal, retirando os dísticos que aí tinham colocado em sinal de solidariedade aos detidos.

Edmar Nhaga, vice-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, denunciou em entrevista à DW: "Estivemos todo o tempo a aguardar impacientemente pela audiência destas pessoas que não foram levadas para o tribunal", explicou Nhaga, detalhando a surpresa e frustração com a presença excessiva da polícia.

Além disso, Nhaga relatou que os ativistas foram seguidos até à sede da Liga, onde lhes foi exigido que se dispersassem.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos exige ação legal contra o Ministério do Interior, acusando-o de obstruir a justiça ao impedir que os detidos compareçam em audiência, apesar das ordens do Tribunal Regional de Bissau.

Esta situação tem escalado tensões na região, com a Liga a chamar atenção para a necessidade urgente de respeito pelos direitos humanos e pelo devido processo legal.

Artigo atualizado às 18:45 (CET) de 24 de maio de 2024.

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