Polícia da RSA suspeita na morte de mais um moçambicano
5 de junho de 2015 Alega-se que Justice Malati, de 36 anos, foi detido no último domingo (31.05), acusado de embriaguez em local público e por ter resistido a detenção.
O porta-voz da polícia da província de Gauteng, que abrange as cidades de Pretória e de Joanesburgo, Lungelo Dlamini, diz que a coorporação foi informada que Malati bateu com a cabeça na parede antes de dormir na noite de domingo.
Lungelo Dlamini diz que "a polícia em Daveyton está a investigar a morte de um cidadão moçambicano nas celas da esquadra da polícia nesta segunda-feira (01.06). O seu corpo foi descoberto quando um policial visitou a cela onde se encontrava detido." Por outro lado o o porta-voz garante que "a causa da sua morte é até agora desconhecida."
Esta versão é desmentida pela família do malogrado, defendendo que o corpo do finado apresentava sinais de agressão, acreditando que esta teria sido a causa da sua morte.
Investigação paralela das autoridades moçambicanas
O Embaixador de Moçambique na África do Sul, Fernando Fazenda, reagiu a esta morte nos seguintes termos: "Não ouvimos absolutamente nada por parte da polícia. Obtivemos informações nos jornais e a confirmação da própria família de que há um moçambicano morto na mesma cela e esquadra onde aconteceu a tragédia de Macie."
Refira-se que um outro caso é movido contra nove agentes policiais desta esquadra, em conexão com a morte do taxista moçambicano Mido Macia., ocorrida em fevereiro de 2013.
Um vídeo mostra o taxista a ser detido, algemado de costas no carro da polícia e em seguida arrastado na estrada de Daveyton. Este viria a sucumbir nas celas da polícia e até aqui a justiça ainda não foi feita.
O embaixador compara este caso com o de Justice Malati: "Houve alguma autopsia feita ao finado. Curiosamente deteta as mesmas razões que foram alegadas para a morte de Macie, uma espécie de asfixia, falta de oxigénio."
De acordo com Fernando Fazenda as autoridades moçambicanas já tomaram medidas: "Por causa desta situação contacamos um advogado e pedimos uma outra autopsia a uma entidade independente para chegarmos a verdade da situação."
Os nove agentes da polícia implicados na morte de Mido Macia, vão comparecer novamente no tribunal em julho próximo.