Portugal e EUA: Acordo para aprofundar cooperação em África
Lusa | tm
15 de abril de 2023
O objetivo de Portugal e EUA é aprofundar a cooperação em África. Moçambique, o maior parceiro financeiro da cooperação portuguesa para o desenvolvimento, é um dos países onde será operacionalizado o memorando.
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O memorando entre o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) - permitirá "projetar cada vez mais este trabalho em conjunto", salientou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André.
"O objetivo é alinhar as nossas prioridades e objetivos em matéria de desenvolvimento, de combate à pobreza e de criação de ferramentas e mecanismos de desenvolvimento sustentável em países onde ambas as agências de cooperação já estão presentes e têm equipas no terreno", resumiu o secretário de Estado.
Moçambique, maior parceiro
Moçambique, que é o maior parceiro financeiro da cooperação portuguesa para o desenvolvimento, é um dos países onde será operacionalizado este memorando, "no início com alguns projetos-piloto em áreas comuns, como a proteção do ambiente, a igualdade de género, mas também as áreas do desenvolvimento humano, como a educação e a saúde", adiantou.
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O secretário de Estado salientou que a nova estratégia portuguesa de cooperação até 2030 assenta em parcerias, porque "nenhum país tem os instrumentos necessários para responder sozinho aos problemas globais e, portanto, é preciso aumentar cada vez mais esta capacidade de trabalho".
"Criar mais sinergias".
O acordo hoje assinado, como outros, um recente assinado com a Coreia do Sul, referiu o secretário de Estado, permitem alargar o raio de ação e os países destinatários da cooperação e "criar cada vez mais sinergias".
A assinatura deste memorando é também, considerou Francisco André, o "reconhecimento da capacidade da cooperação portuguesa, o reconhecimento da forma como atinge os objetivos no terreno e junto dos países com quem trabalha".
"Desigualdades Globais": pobreza ao lado de riqueza vistas de drones
O Global Media Forum (GMF) da DW é uma das maiores conferências de jornalismo na Alemanha. A edição de 2018 teve como lema as "Desigualdades Globais". Um destaque foi uma exposição de fotografias tiradas com drones.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Khayelitsha
O Global Media Forum (GMF) da DW é uma das maiores conferências de jornalismo na Alemanha. A edição de 2018 teve como lema "Desigualdades Globais". Um destaque foi a exposição "Unequal Scenes" ("Cenas Desiguais") de fotografias tiradas com drones pelo fotógrafo Johnny Miller, residente na Cidade do Cabo e fundador do projeto africanDRONE. Esta foto mostra o bairro pobre Kayelitsha à beira do mar.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Dunoon
Dunoon é um bairro pobre (township) em Milnerton, Cidade do Cabo. Tem uma população de cerca de 31.000 pessoas, mas faltam infraestruturas como uma equadra da polícia. Já foi palco de protestos xenófobos. A imagem foi captada através de um drone (aparelho voador não-tripulado) do fotógrafo Johnny Miller.
Foto: Johnny Miller
Cidade do Cabo, África do Sul - Wolwerivier
Wolwerivier é outro bairro da Cidade do Cabo. Neste caso, trata-se de um bairro temporário ("Temporary Relocation Area - TRA") administrada pelo município. Serve para albergar pessoas que tiveram que sair do centro por causa do aumento das rendas. Agora estão neste bairro isolado 25 kms do centro da cidade sem acesso a serviços como escolas, hospitais e empregos.
Foto: Johnny Miller
Johannesburgo, África do Sul - Makause
No bairro informal de Makause residem cerca de 15.000 pessoas. Fica em Primrose, Germiston no East Rand (Ekurhuleni Metropolitan Municipality) na área metropolitana de Johanesburgo, maior cidade da África do Sul. A África do Sul é um dos países do mundo com maior fosso entre ricos e pobres, legado do regime segregacionista. Mais de 25 anos depois do fim do apartheid, ainda se vê a divisão do ar.
Foto: Johnny Miller
Durban, África do Sul - Papwa Sewgolum Golf Course
O campo de golfe "Papwa Sewgolum Golf Course" está localizado nas margens verdes do Rio Umgeni em Durban, na África do Sul. Existe um bairro informal poucos metros do buraco número seis do campo de golf. Uma barreira de betão separa o relvado cuidadosamente cuidado do bairro de lata.
Foto: Johnny Miller
Nairobi, Quénia - Loresho/Kawangare
Para além da África do Sul, outros países africanos mostram os mesmos sinais de separação em bairros ricos e bairros pobres como neste caso de Loresho e Kawangare, na periferia de Nairobi. Ambos ficam no nordeste da capital do Quénia.
Foto: Johnny Miller
Mumbai, Índia - Slums
Na cidade indiana de Bombaim, oficalmente conhecida como Mumbai, o contraste entre os vários bairros até se vê pelas diferentes cores. A região metropolitana é a segunda maior do país, atrás de Grande Deli. Bombaim também é caraterizada pela convivência de ricos e pobres em espaços pequenos, já que a sua posição geográfica em ilhas limita a expansão urbana.
Foto: Johnny Miller
Cidade do México, México - Santa Fé
A Cidade do México é considerada uma das maiores do mundo. Neste caso, o drone captou a imagem do bairro de Santa Fé, onde agentes imobiliários começaram a erguer um bairro exclusivo e próspero dentro de uma zona tradicionalmente pobre.
Foto: Johnny Miller
Detroit, EUA - Highland Park
As desigualdades também são visíveis em países do norte, como neste caso de Detroit, nos Estados Unidos da América (EUA). Quem quiser ver mais imagens de drones do fotógrafo Johnny Miller, pode visitar o site: http://www.unequalscenes.com/