Portugueses em Colónia celebraram a vitória de Portugal
Ramusel Graça
20 de junho de 2018
Portugal venceu Marrocos por 1-0, com o único golo madrugador de Cristiano Ronaldo aos 4 minutos. Uma vitória magra e sofrida da seleção das quinas, mas que deixa os portugueses na Alemanha e no mundo esperançosos.
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O ambiente no Café Luso, em Colónia, foi de grande expetativa e de igual intensidade que caraterizou o jogo entre Portugal e Marrocos no Mundial da Rússia. A equipa das quinas entrou a vencer, com Cristiano Ronaldo aos quatro minutos a deixar os portugueses em delírio.
Os portugueses, vestidos com as cores nacionais, vibraram do inicio ao fim da partida. E no decorrer do desafio à medida que a equipa baixava de rendimento, os adeptos portugueses levavam as mãos à cabeça e por todos os cantos ouviam-se desabafos.
Bifana era o prato do dia, no Café Luso, um local que não esteve cheio, porque o jogo foi ao meio da tarde num dia de trabalho (20.06). Mesmo assim os donos do café não tinham mãos a medir. A seleção marroquina pressionou bastante a equipa contrária, com os adeptos portugueses a temerem um empate até ao final dos 90 minutos, como disse à nossa reportagem Arlete Vasconcelos.
"Portugal marcou cedo, a verdade que se diga, Marrocos pressionou bastante, o importante é a vitoria que conseguimos", disse Arlete Vasconcelos com um sorriso rasgado de muita felicidade.
Portugal vence Marrocos, deixa portugueses em dilírio
Depois desta vitória frente ao Marrocos, Portugal segue em frente na segunda jornada do campeonato do Mundo na Rússia- com dois jogos totalizando um empate e uma vitoria. O próximo adversário será e o Irão, na segunda-feira (25.06), uma seleção que é comandada pelo português Carlos Queiroz. Os adeptos pedem mais esforços à seleção vermelha e verde.
"Pior não foi mas deveria ser melhor", desabou um adepto português entre muitos que assistiram ao desafio no Café Luso em Colonia. Entre os portugueses ouvidos pela DW África alguns são de opinião de que Portugal não deve depender apenas do internacional português Cristiano Ronaldo. "Temos que esforçar mais, o próximo adversário é o Irão temos que ganhar e seguir em frente", concluiu.
Seis coisas que a "Mannschaft" tem de melhorar no Mundial
Há 36 anos que a seleção alemã não perdia o primeiro jogo num Mundial de futebol. Depois do 0:1 contra o México, a Alemanha tem de pontuar no próximo jogo contra a Suécia para manter as hipóteses de defender o título.
Foto: picture-alliance/Foto Rauchensteiner
1. Melhor defesa no meio-campo
Uma das principais causas da derrota contra o México foi o meio-campo alemão: ambos os trincos, Toni Kroos e Sami Khedira (na foto com o selecionador Joachim Löw), interpretaram o seu papel muito ofensivamente. Quando tiveram de voltar para ajudar na defesa, nem sempre o fizeram com a velocidade máxima. Por exemplo, Kroos chegou tarde para impedir Hirving Lozano de marcar o golo pelo México.
Foto: Getty Images/M. Hangst
2. Menos perdas da bola
Com uma taxa de sucesso de 87% nos passes, as perdas da bola não parecem ser um problema para a Alemanha. Mas dentro dos 13% de passes para o adversário, houve vários momentos-chave da derrota da "Mannschaft". Simbólico foi a bola que Sami Khedira passou ao adversário na própria grande área ao minuto 29. Algo que não costuma acontecer na seleção campeã Mundial de 2014.
Foto: Reuters/K. Pfaffenbach
3. Melhor pontaria
No último Mundial no Brasil, Thomas Müller (à dir.) marcou três golos no primeiro jogo da Alemanha (contra Portugal). Desta vez, esteve quase invisível. Os seus colegas também não convenceram. Toni Kroos bateu na trave (39') e Julian Brandt o poste (89'), mas ninguém conseguiu marcar um golo. Timo Werner e Mario Gómez, que tiveram uma boa época na Bundesliga, também não brilharam.
Foto: picture-alliance/Foto Rauchensteiner
4. Mais criatividade
Somente depois da entrada de Marco Reus ao minuto 60 (substituiu Sami Khedira), o jogo alemão ganhou dinamismo no ataque. Porém, não foi suficiente para evitar a derrota. Houve muitos passes de segurança em vez de ataques criativos e mudanças de velocidade que já caraterizaram a "Mannschaft" nos seus tempos áureos. E parece que os adversários também "descodificaram" os segredos da seleção alemã.
Foto: picture-alliance/dpa/F.Gambarini
5. Melhor integração dos "novatos" no jogo
Futebol joga-se com onze jogadores. Mas observadores criticam que Marvin Plattenhardt, o defesa lateral de esquerda, quase não participou no jogo alemão. Os outros jogadores optaram por não passar a bola a Plattenhardt. O jogador do Hertha de Berlim (na foto o terceiro da esq. da segunda fila) normalmente não faz parte do onze inicial, mas entrou devido a infeção gripal de Jonas Hector (Colónia).
Foto: picture-alliance/dpa/F. Gambarini
6. Maior vontade de ganhar
"Jogámos como contra a Arábia Saudita, mas desta vez contra um adversário melhor'", criticou o defesa central Mats Hummels. Referia-se ao amigável que a seleção alemã ganhou por 2:1 contra a Arábia Saudita. Ali, pouco antes do Mundial, já era visível o desleixo da "Mannschaft". Os jogadores alemães não parecem querer investir tudo para ganhar. Ao contrário, na equipa do México não faltou energia.
Foto: Reuters/A. Schmidt
Suécia chega com vitória no jogo inaugural
No sábado (23.06), a Alemanha enfrentará a seleção da Suécia. Depois da sua vitória por 1:0 contra a Coreia do Sul, os suecos não têm a pressão de ter que pontuar para manter as hipóteses de participar nos oitavos-de-final. Ao contrário, a Alemanha precisa desesperadamente de pontos para manter as chances de defender o seu título conquistado no Rio de Janeiro em 2014.