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Posto policial do Niassa sofre ataques de vândalos

Manuel David (Lichinga) 8 de agosto de 2016

Edifício foi depredado e teve arquivos queimados. Autoridades governamentais suspeitam que elementos ligados ao maior partido da oposição, a RENAMO, estejam por trás deste terceiro ataque do género na região.

Foto ilustrativa. Província do Niassa, ao norte de Moçambique, vive o terceiro ataque violentoFoto: DW/M.David
As autoridades moçambicanas suspeitam que elementos ligados ao maior partido da oposição no país, a RENAMO, estejam por trás do ataque ao posto policial ocorrido este fim de semana, na província de Niassa, norte de Moçambique.
Este seria o terceiro ataque do género na região. Segundo as autoridades governamentais, homens armados atacaram o posto de Nacuwa, queimando vários processos e documentos que estavam no interior do edifício. O ataque, que aconteceu na madrugada do domingo (07.08), foi seguido pela depredação da residência do chefe de posto. Não houve mortos ou feridos.

Segurança reforçada

Esta segunda-feira (08.08), o porta-voz do comando provincial da polícia da República no Niassa, Alves Mate, confirmou o ataque e garantiu que já há reforços no local, com objetivo de apurar as responsabilidades.

"Tivemos conhecimento desse caso que ocorreu no no posto administrativo de Nacuwa , em que os homens da RENAMO protagonizaram um ataque a um posto policial e vandalizaram a residência do chefe do posto. Os vândalos queimaram muitos arquivos que se encontravam dentro do posto policial", destaca Mate.
Foto ilustrativa. Com ataques, cidadãos são os mais afetadosFoto: picture-alliance/dpa/S. Hoppe

RENAMO desconhece ataque

Em entrevista à DW África, o delegado político provincial da RENAMO no Niassa, Saíde Fidel, diz desconhecer o ataque e acrescentou que a situação constitui uma preocupação de todos os habitantes da regiao.

"Isso constitui uma preocupação grande para todos nós. E isto apela para o facto que as comissões mistas que já foram criadas, no sentindo preparar o encontro com as duas lideranças (RENAMO e governo), estejam empenhadas em trazer uma paz verdadeira para os Moçambicanos. É importante que dentro deste dialogo que estão fazendo coleguem os interesses do povo como prioridade e deixando dos interesses deles do lado", afirma o representante da RENAMO.

Já para a jornalista Suizane Rafael, do jornal Faísca (semanário independente no Niassa), a RENAMO está tentar mostrar que ainda tem alguma força militar a operar no terreno.

Segundo a jornalista, isto "é para tirar alguns ganhos na mesa de negociação e isso tem implicações, porque por aqueles distritos passa muita produção proveniente de Marrupa a caminho de Cuamba e as pessoas já não circulam a vontade porque têm medo de que possam ser vítimas dos ataques”.

Maior partido de oposição em Moçambique, a RENAMO não reconhece os resultados das eleições gerais de 2014 e exige governar as províncias de Sofala, Tete, Manica e Zambézia, no centro; e também Niassa e Nampula, no norte do país.

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