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G7 faz apelo a Maputo sobre crise em Cabo Delgado

Lusa
6 de maio de 2021

Os sete países mais industrializados do mundo apelaram para Moçambique responsabilizar autores de abusos de direitos humanos em Cabo Delgado. Comunicado ocorre na primeira reunião presencial do G7 em mais de dois anos.

Weltspiegel | UK G7 Treffen London
Foto: Stefan Rousseau/REUTERS

As potências do G7 mostraram-se preocupadas com o crescente conflito na província moçambicana de Cabo Delgado, tendo apelado a Moçambique para "continuar a trabalhar com a comunidade internacional" para resolver o "impacto humanitário da insurgência". 

Em comunicado conjunto, esta quarta-feira (05.05), os responsáveis pelas relações externas de Alemanha, Canadá, Estados Unidos da América, França, Itália, Japão e do Reino Unido externaram "profunda" preocupação com o o que está acontecer em Cabo Delgado. Esta foi a primeira reunião presencial do G7 em mais de dois anos e ocorre em Londres.

"Estamos profundamente preocupados pelo escalar do conflito em Cabo Delgado e com o aumento de ataques terroristas por uma afiliada do ISIS [Estado Islâmico do Iraque e da Síria]. Apelamos a Moçambique para responsabilizar os autores de abusos de direitos humanos e violações em Cabo Delgado" afirmaram os chefes da diplomacia dos sete países mais industrializados do mundo.

Apelo foi direcionado ao Governo de Nyusi (foto)Foto: DW

"Encorajamos Moçambique a continuar a trabalhar com a comunidade internacional para resolver o impacto humanitário da insurgência e atacar a raiz das causas e motivos do conflito e instabilidade e para prevenir um aumento maior da violência", acrescentaram os ministros dos Negócios Estrangeiros dos sete países reunidos em Londres. 

Os responsáveis da diplomacia deste grupo de Estados saudaram também o trabalho do Governo de Moçambique na resposta à situação humanitária de segurança no norte do país africano, assim como pela "consideração atempada do apoio internacional".

"Expressamos a nossa solidariedade para com o Governo de Moçambique e o seu povo em enfrentarem a violência extremista", concluíram.

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