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PR Chapo desafia novos ministros a estabilizar Moçambique

Lusa
28 de janeiro de 2025

Daniel Chapo desafia novos ministros a enfrentarem com coragem o 'momento crucial' de Moçambique, priorizando estabilidade política e mudanças estruturais para o progresso do país.

PR Daniel Chapo, na tomada de posse
Daniel Chapo desafiou ainda o novo executivo a aprimorar a mudança estrutural que o país precisaFoto: ALFREDO ZUNIGA/AFP/Getty Images

O Presidente moçambicano, Daniel Chapo, desafiou hoje os novos ministros nomeados na terça-feira a enfrentarem com "audácia e coragem" o "momento crucial" que o país atravessa, defendendo a estabilidade política como prioridade.

"Moçambique vive um momento crucial da sua história e o nosso Governo está determinado a trabalhar e enfrentar com coragem e audácia as adversidades e a transformar as oportunidades em progresso para o nosso povo", disse Daniel Chapo, durante a cerimónia de tomada de posse de seis novos ministros, na Presidência da República, em Moçambique.

Em causa está a tensão pós-eleitoral que o país atravessa desde outubro, um período de forte agitação social, protestos, manifestações e paralisações, convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, com confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, além de saques e destruição de equipamentos públicos e privados. 

Para o chefe de Estado moçambicano, a estabilização política deve ser a prioridade, bem como a criação de condições para um "ambiente favorável". 

"Sabemos que a paz verdadeira exige um compromisso constante para assegurar a estabilidade política e a harmonia", acrescentou o chefe de Estado moçambicano.

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Mudança estrutural

Daniel Chapo desafiou ainda o novo executivo a aprimorar a mudança estrutural que o país precisa, como forma de "entregar ao povo" um produto ajustado às grandes demandas sociais, políticas e económicas atuais. 

"Aeconomia de Moçambique é a espinha dorsal do nosso desenvolvimento, que se deve refletir no nosso povo. Apesar de os desafios impostos por crises globais e adversidades internas, o potencial do nosso país permanece virgem, inabalável e bastante promissor", acrescentou. 

Os seis ministros hoje empossados juntam-se ao restante elenco governativo já em funções, liderado pela primeira-ministra, Maria Benvinda Levi, e com outros 12 ministros.

O novo grupo é composto por Nyelete Brooke Mondlane, no cargo de ministra dos Combatentes -- era ministra do Género, Criança e Acção Social no Governo anterior -, Samaria dos Anjos Filemon Tovela, no cargo de ministra da Educação e Cultura, e Ivete Ângela dos Anjos Ferrão Alane para ministra do Trabalho, Género e Ação Social.

Foram igualmente nomeados Ricardo Sengo como ministro na Presidência para os Assuntos da Casa Civil, Fernando Rafael ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, e Caifadine Manasse ministro da Juventude e Desportos.

O novo executivo conta, assim, com as nomeações já feitas até ao momento, com 18 ministros, além da primeira-ministra.

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