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DesastresMoçambique

Chapo pede ao povo de Sofala para abandonar zonas de risco

3 de setembro de 2025

Em Sofala, Presidente moçambicano, Daniel Chapo, entrega 840 casas construídas pela fundação Tzu Chi para vítimas do ciclone Idai, alertando populações a abandonarem zonas propensas a inundações durante a época chuvosa.

 Mosambik | Daniel Chapo als Präsident vereidigt
Daniel Chapo, Presidente Moçambicano (foto de arquivo)Foto: DW

 

O Presidente de Moçambique entregou hoje 840 casas a famílias afetadas pelo ciclone Idai, em 2019, na província de Sofala. As infraestruturas foram construídas pela fundação budista Tzu Chi e estão avaliadas em cerca de 33 milhões de dólares (28,3 milhões de euros).

"Temos que sair das zonas de risco [...] quando chega a época chuvosa, a qualquer altura podem encher, e sempre que há cheias aqui em Búzi. Quando as pessoas estão nas zonas de risco, para lhes tirar não é fácil depois de encher", disse Daniel Chapo.

As 840 habitações foram construídas no distrito de Búzi, na província de Sofala, centro do país. Fazem parte de um pacote de 2.067 habitações que estão a ser erguidas no centro de reassentamento de Guara-Guara, no mesmo distrito, para apoiar as vítimas do ciclone Idai, que afetou aquela província em 2019.

Ao fazer a entrega das residências, o líder moçambicano lembrou que, anualmente, durante a época chuvosa, os moradores de zonas propensas a inundações "têm que estar por cima dos tetos e nas árvores", com o Governo a mobilizar barcos e helicópteros para o resgate, pedindo que tal não volte a acontecer no distrito de Búzi, um dos que foi severamente afetado pelo ciclone Idai.

"É por causa disso que aqui em Guara-Guara estamos a construir estas casas para o nosso povo (...) Vamos construir um centro comunitário para o nosso bairro, vamos construir escolas, local para as crianças brincarem e muitas outras coisas para ser uma futura cidade, essa é que é a nossa intenção", disse Chapo.

Búzi após passagem do ciclone Idai em 2019Foto: MSF/Pablo Garrigos

"Zona não é propensa a inundações"

O presidente de Moçambique lembrou que a zona onde as casas foram erguidas não é propensa a inundações, defendendo a saída das populações das zonas de risco para erguer casas numa nova cidade que começa a crescer em Guara-Guara.

"Não há ninguém que cresce sozinho, não há ninguém que desenvolve sozinho, para desenvolver temos que estar juntos entre irmãos e estes nossos irmãos da Fundação Tzu Chi (...) estão a trabalhar para o bem do povo moçambicano", declarou.

Chapo pediu às populações para conservarem as casas, apelando para um esforço coletivo e união na construção de mais residências em benefício da população. "Estas casas têm uma vantagem. Estas que estão a ser construídas, mesmo em caso de ventania o teto não vai voar porque têm mecanismo de proteção. A outra grande vantagem é que quando chove a casa costuma fazer coleta de água, através das caleiras, para depositar no tanque, o que nos permite ter água", explicou.

Até agora, 1.611 casas já foram entregues por esta fundação em Sofala, que prevê disponibilizar até 2026 mais de 3 mil casas naquela província, destinadas a pessoas afetadas pelo ciclone Idai.

O pacote de apoio à reconstrução da fundação em Sofala está orçado em 101 milhões de euros, inteiramente disponibilizados pela organização, que está em Moçambique desde 2012, apoiando as autoridades em momentos de emergência.

Moçambique: Vítimas do Idai consomem água imprópria

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