PR guineense reconhece que tráfico de droga prejudica o país
22 de outubro de 2024Umaro Sissoco Embaló falava hoje na cerimónia de posse de 11 novos procuradores da República, admitidos no sistema judicial através de concurso ou promovidos por mérito ou antiguidade.
"Durante muitos anos, a corrupção e o tráfico de drogas gozaram de total impunidade na Guiné-Bissau. Continuam a constituir uma séria ameaça à estabilidade política do Estado, e um fator negativo para as nossas aspirações ao desenvolvimento económico e progresso social", observou o Presidente da Guiné-Bissau.
O Presidente guineense admitiu que ainda faltam magistrados e outros elementos ao sistema judicial do país, mas afirmou que os novos procuradores hoje investidos em funções vão ajudar a atenuar as carências.
Umaro Sissoco Embaló disse que a sociedade guineense espera dos novos procuradores que contribuam para o combate à impunidade através do reforço da investigação dos crimes, "com imparcialidade e com garantias de que os culpados serão punidos de acordo com a lei".
Os novos magistrados do Ministério Público poderão contar com o empenho do Governo, com a magistratura do Presidente da República, mas também com os parceiros da comunidade internacional, assegurou.
O chefe de Estado guineense disse que os novos procuradores da República irão ajudar no combate à criminalidade organizada interna e transnacional, nomeadamente o narcotráfico, o branqueamento de capitais, a corrupção, entre outros males.
Sissoco Embaló regozijou-se pelo facto de os novos procuradores irem também ajudar a instalar delegacias do Ministério Público no interior do país.
"Afinal, esta desconcentração das estruturas do Ministério Público é uma tarefa que teve de esperar quase 40 anos até hoje, finalmente, ser implementada. É uma transformação institucional que foi decidida pela Lei n.º 7 de 1995, portanto, há 39 anos", afirmou.
O Presidente guineense reiterou que o setor da justiça é uma das suas prioridades.
Umaro Sissoco Embaló prometeu "continuar a dotar o setor judicial de meios" e exortou os operadores da justiça a afastarem-se da corrupção.