PRA-JA: fundador desmente financiamento de Isabel dos Santos
Manuel Luamba
12 de agosto de 2019
O PRA-JA ainda não está legalizado pelo Tribunal Constitucional, mas já surgiram suspeitas em relação ao financiamento do partido com alguns críticos a dizerem que foi Isabel dos Santos ajudar esta nova força política.
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O Partido de Renascimento dos Angolanos – Juntos por Angola (PRA-JA), novo projeto político de Abel Chivukuvuku continua a gerar debate e polémica em Angola. Apesar de não estar ainda legalizado, muito já se se fala sobre o futuro partido. Lançado no passado dia 2 de agosto, o projeto já tem uma agenda bem definida.
"2019, o ano do PRA-JA, 2020, o PRA-JA nas eleições autárquicas, 2021 crescer e afirmar-se em todo país e 2022, alternativa para Angola”, referiu Chivukuvuku.
Polémicas à nascença
A polémica inicial relacionada com o PRA-JA é facto deste partido político ainda não estar legalizado, pois o Tribunal Constitucional ainda não deu o seu parecer em relação à constituição deste novo partido político.
Associa-se a isso, o facto de ter surgido informação segunda a qual Isabel dos Santos, empresária angolana e filha do ex-Presidente da República, José Eduardo dos Santos, teria financiado o partido. Entretanto, a informação já foi desmentida pelo próprio Abel Chivukuvuku num encontro mantido com jornalistas e fazedores de opinião no último fim-de-semana.
Então, quem financia o PRA-JA? Perguntam alguns cidadãos. O político Xavier Jaime, um dos futuros rostos da nova formação política angolana, diz que todas as despesas estão a ser cobertas pelos cidadãos envolvidos na sua criação.
"Não vale a pena alimentar a ideia de que a Isabel (dos Santos) é que está alimentar isso. Ela não deu nenhum tostão e não vai dar nenhum tostão até onde eu sei. Ninguém precisa do financiamento da Isabel no PRA-JA. Somos suficientemente capazes, o PRA-JA é suficientemente capaz para avançar com os seus projectos vivendo a custa dos seus poucos recursos”, esclareceu Xavier Jaime.
Nova vida
Abel Chivukuvuku foi destituído da Convergência Ampla de Salvação de Angola- Coligação Eleitoral- CASA-CE por suposta quebra de confiança. O político tenta agora surgir com uma nova força, que, ainda está em fase de recolha de assinaturas. Face a várias informações, Xavier Jaime sem citar nomes, diz que há segmentos da sociedade que conspiram contra a carreira política de Chivukuvuku.
Angola: primeira polémica com o PRA-JA
"Tentar fazer uma ligação entre Isabel dos Santos, o seu suposto financiamento e o PRA-JA capitaneado hoje pelo Abel Chivukuvuku não esconde essa ideia maquiavélico de quererem atingir mortalmente, do ponto de vista político, o cidadão Abel Chivukuvuku”, afirmou Xavier Jaime.
Mas se a empresária Isabel dos Santos quiser fazer parte do projecto, perguntou a DW África, Xavier Jaime foi peremptório.
"Aqueles que quiserem entrar, ao abrigo dos próprios estatutos do PRA-JA, da própria lei dos partidos políticos e da Constituição da República não terão absolutamente nenhum impedimento”, respondeu Xavier Jaime.
Os seguidores de Abel Chivukuvuku dizem que as informações como a que dá conta de que a empresária angolana Isabel dos Santos teria financiado o novo partido é uma das manifestações de conspiração contra o político.
Luanda é a cidade que cresce mais rapidamente em África
Não são necessariamente as cidades mais populosas de África, mas são as que crescem de forma mais rápida, segundo as Nações Unidas. Luanda lidera a lista das cidades com maior crescimento populacional no continente.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
1. Luanda, Angola
Nenhuma cidade africana está a crescer tão rapidamente como Luanda, a capital de Angola. Segundo dados da ONU, vivem aqui mais de 7,7 milhões de pessoas. A idade média dos luandenses é de 20,6 anos. A capital é uma das cidades mais caras do mundo. Mas apenas as elites de Angola beneficiam das grandes reservas de petróleo do país. A população fala em desigualdade social no país.
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler
2. Yaounde, Camarões
Com 3,6 milhões de habitantes, a capital dos Camarões é muito menor que a de Angola. Os serviços públicos e as representações diplomáticas estão principalmente concentrados na capital. É por isso que Yaoundé desfruta de um padrão de vida e segurança mais elevados do que o resto dos Camarões. É também um ponto central de transferência de mercadorias como café, cacau, tabaco e borracha.
Foto: Dirke Köpp
3. Dar es Salaam, Tanzânia
A população da capital comercial da Tanzânia aumentou mais de seis vezes desde 1978. Dar es Salaam, com mais de seis milhões de habitantes, é a maior cidade da África Oriental e um importante centro económico e comercial para a região. De 2000 a 2018, a população cresceu 166%.
Foto: DW/E. Boniphace
4. Kumasi, Gana
A população da cidade ganesa de Kumasi aumentou onze vezes para três milhões entre 1970 e 2017. Ultrapassou o número de pessoas que vivem na capital, Accra, em 2014 para se tornar a maior cidade do país. A população do Gana está a crescer de forma rápida, especialmente em cidades como Kumasi. A metrópole económica atrai muitas pessoas do norte do país.
Foto: Imago Images/photothek/T. Imo
5. Kampala, Uganda
Kampala, a principal capital de Uganda, fica nas margens do Lago Vitória. A população total da região mais do que duplicou desde o início do século XXI. Muitas pessoas do interior estão a mudar-se para as cidades. Kampala tem uma das maiores taxas de crescimento em todo o mundo. Espera-se que mais de 40 milhões de pessoas vivam na cidade até 2100.
Foto: picture-alliance/AP Photo/R. Kabuubi
6. Lusaka, Zâmbia
Lusaka, o centro económico e político da Zâmbia, registou um boom demográfico nos últimos anos. O centro da cidade, nos arredores da Independence Avenue e da Cairo Road, é caracterizado por edifícios comerciais, companhias de seguros, bancos, bolsas de valores, hotéis e cadeias de "fast food" americanas. O setor industrial, os transportes e o artesanato também desempenham um papel importante..
Foto: DW/C. Chimbelu
7. Douala, Camarões
A maior cidade dos Camarões também está entre as dez cidades que mais crescem em África. Douala é o lar do maior porto da África Central, que é vital para a economia do país e toda a Comunidade Económica e Monetária da África Central. É um importante centro financeiro, industrial, comercial, cultural e de tráfego dos Camarões.
Foto: picture-alliance / maxppp
8. Mbuji-Mayi, República Democrática do Congo
Provavelmente não há outro lugar no mundo com tantos diamantes como em Mbuji-Mayi. Os comerciantes de diamantes da cidade congolesa pintam edifícios com imagens brilhantes e bonitas para atrair os mineiros. A cidade tinha apenas 30.000 habitantes em 1960. Até 2018, Mbuji-Mayi deverá ter 2,3 milhões de habitantes. A imigração em massa das áreas vizinhas aumentou drasticamente a população.
Foto: Imago Images/H. Hoogte
9. Antananarivo, Madagáscar
Antananarivo é a maior cidade e capital do Estado insular de Madagáscar. A maioria dos turistas entra e sai do país pelo aeroporto da capital. Apesar de um período de doenças e guerras no século XVIII, a população da cidade cresceu de forma constante. Esse crescimento populacional deve-se sobretudo à saída das pessoas do interior para a capital do país.
Foto: Imago Images/Xinhua
10. Pretória, África do Sul
Por último, mas não menos importante, no top 10 está a cidade de Pretória, uma das três capitais da África do Sul. É a capital administrativa, com reconhecimento também no campo do ensino superior e da investigação. Localizada a norte de Joanesburgo, Pretória é um importante centro comercial e industrial, onde são construídas ferrovias, carros, máquinas e aço.