Sissoco diz que apoio da França permite desenvolvimento
9 de dezembro de 2024"Desde a nossa adesão à soberania internacional, a França está presente no nosso país para nos apoiar, acompanhar, ajudar a combater os problemas e criar instituições sólidas, eficazes e capazes de responder às necessidades da nossa população e promover o desenvolvimento harmonioso e durável", disse o Presidente guineense, em declarações à imprensa, no Palácio do Eliseu, antes do almoço com o seu homólogo francês, Emmanuel Macron.
"França ajuda ao desenvolvimento de Bissau"
A relação dos dois países, descrita por Sissoco Embaló como "amigável, de cooperação e soberania" durante os últimos 50 anos, foi fortalecida após a eleição do chefe de Estado francês, em 2017, estando atualmente "num nível superior", em que o país conta com os franceses para ajudar no "desenvolvimento da Guiné-Bissau", afirmou.
"Eu vou ressalvar o apoio da França aos esforços de desenvolvimento moral do nosso país, em particular, o seu apoio financeiro, que nos permite acompanhar nosso défice monetário e a manutenção das condições de vida dos nossos cidadãos", afirmou o Presidente guineense, após ser recebido pela guarda de honra às 13:00 horas locais.
Após a visita histórica que Emmanuel Macron fez à Guiné-Bissau em 2022, esta visita de Estado de Umaro Sissoco Embaló a França tem como objetivo expressar a "vontade comum de consolidar as relações" entre o país europeu e o país africano - cuja língua oficial é o português, mas que possui países vizinhos francófonos - com o aumento de "trocas no domínio económico, académico, cultural e científico".
"A nossa população aprecia, em particular, a contribuição das autoridades francesas na melhoria do nosso sistema educativo, com a aprendizagem da língua francesa graças à abertura de uma escola francesa em Bissau e às atividades do Centro Cultural francês", acrescentou.
Novo pacote de ajuda
No encontro que ambos mantiveram em Paris, em 2023, na sequência da visita inédita de Emmanuel Macron a Bissau, em julho de 2022, após a sua reeleição, os dois Presidentes comemoraram o relançamento da relação bilateral entre os dois países, tendo Macron anunciado uma "ajuda orçamental de três milhões de euros e uma subvenção de quatro milhões de euros para a renovação das infraestruturas desportivas e escolares nos estabelecimentos adjacentes" à abertura da nova escola francesa na capital guineense.
Hoje, na declaração conjunta à imprensa no Eliseu, Emmanuel Macron anunciou um novo pacote de "ajuda financeira a Guiné-Bissau, como foi feito nos anos anteriores", sublinhando "o dinamismo da cooperação cultural, através também da francofonia".
Macron acrescentou que, durante esta visita, será confirmada a determinação em reforçar a cooperação em matéria de segurança, em particular marítima, de agricultura e de educação.
Segundo a Presidência francesa, os dois dirigentes debaterão também a situação regional no continente africano, em particular as situações de crise nos países vizinhos da Guiné-Bissau, num momento em que vários Estados do Sahel estão a pôr em causa a presença militar francesa nos seus territórios e a cortar laços antigos de parceria.