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PolíticaZâmbia

Presidente da Zâmbia ordena exército nas ruas

Lusa | Reuters | AFP
1 de agosto de 2021

Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, anunciou hoje (01.08) que ordenou o envio do exército para reprimir situações de violência antes das eleições presidenciais e legislativas agendadas para 12 de agosto.

Sambia Unruhen in Lusaka | Präsident  Edgar Lungu
Foto: Rogan Ward/REUTERS

"Para conter a violência política que testemunhámos nos últimos dois dias, autorizei o Exército da Zâmbia, a Força Aérea da Zâmbia e o Serviço Nacional da Zâmbia a ajudar a polícia da Zâmbia a lidar com a situação de segurança", disse Edgar Lungu, citado pela agência AFP.

Os focos de violência foram registados na capital Lusaka e noutras províncias onde apoiantes da Frente Patriótica (PF, na sigla em inglês) e do Partido Unido para o Desenvolvimento Nacional (UPND) entraram em confrontos.

Dois apoiantes do partido governista Frente Patriótica foram atacados até à morte com facões na sexta-feira por suspeitos
de serem membros do principal partido da oposição. Quatro pessoas foram presas por causa dos assassinatos, disse a polícia.

O Presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, disse que os militares assegurariam o trabalho da Comissão Eleitoral para garantir que as eleições não fossem interferidas.Foto: AFP via Getty Images

"Manutenção da ordem"

"A manutenção da ordem pública é uma tarefa diária da polícia, mas às vezes precisa da ajuda de outros serviços de segurança", indicou o Presidente da Zâmbia.

Num relatório publicado no final de junho, a Amnistia Internacional alertou para a repressão "brutal" de qualquer opinião dissidente liderada pelo Presidente da Zâmbia que, segundo esta organização não governamental (ONG), ameaça o desenvolvimento das eleições presidenciais, num país onde "os direitos humanos estão em crise ".

O atual Presidente da Zâmbia, de 64 anos, é candidato a um segundo mandato, após ter sido eleito em 2016, na sequência de uma votação cujos resultados foram contestados pela oposição.

O principal opositor de Edgar Lungu é Hakainde Hichilema, que foi preso várias vezes desde que começou a disputar a presidência.

A Zâmbia é um país pequeno, pobre e sem litoral no sul de África, com uma população de 17 milhões, e que se encontra em dificuldades financeiras, com uma dívida externa estimada em cerca de 10 mil milhões de euros.

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