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PolíticaBurkina Faso

Presidente do Burkina Faso promete "paz" no país

Lusa
6 de novembro de 2020

O Presidente do Burkina Faso, candidato a um segundo mandato, iniciou quinta-feira a sua campanha eleitoral. Roch Marc Christian Kaboré prometeu "paz" num território que é palco regular de ataques jihadistas.

Foto: Reuters/A. Sotunde

Inicialmente marcada para 31 de outubro, a data para o início da campanha do Movimento Popular para o Progresso (MPP, no poder) para as eleições presidenciais tinha sido adiada devido à morte do pai de Roch Marc Christian Kaboré, em 27 de outubro.

Além de Kaboré, outros 12 candidatos concorrem às eleições, que se realizam depois de o país ter visto um aumento da violência jihadista, que ao longo dos últimos cinco anos provocou mais de 1.200 mortos e mais de um milhão de deslocados.

"Lutámos contra a adversidade", "ataques terroristas" e grandes convulsões sociais, disse Kaboré perante os 25.000 apoiantes reunidos no estádio Sangoulé Lamizana, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP).

O atual chefe de Estado, eleito em 2015 com 1,67 milhões de votos, acrescentou que pretende liderar a luta até haver "paz e vitória" para o povo do Burkina Faso.

"Vim pedir mais cinco anos para que, juntos, possamos trabalhar em prol da segurança, estabilidade, paz e resiliência do povo" do país, disse aos militantes, apresentando um programa dividido por dez pontos, entre os quais consta a "segurança do território nacional".

O Burkina Faso é palco regular de ataques jihadistasFoto: AFP/A. Ouba

Eleições mais abertas desde a queda de Compaoré

As eleições presidenciais de 22 de novembro são antevistas como as mais abertas desde a queda do ex-Presidente Blaise Compaoré, que foi deposto por uma revolta popular em 2014, depois de liderar o Burkina Faso por 27 anos.

Devido à violência jihadista, que afeta uma grande parte do território do país, cerca de 1.500 das mais de 8.000 aldeias em 22 das mais de 368 comunas não participarão no escrutínio eleitoral.

Em setembro, os deputados do Burkina Faso aprovaram uma lei que permite a validação dos resultados eleitorais, mesmo que a votação não seja realizada em todo o país.

Nas eleições de novembro de 2015, Kaboré conquistou perto de 1,67 milhões de votos, o equivalente a 53,49%, ficando à frente de Zéphirin Diabré, que recolheu 924 mil votos, 29,65% do total, e que agora volta à corrida presidencial.

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