Presidente do Egito troca 13 ministros
13 de agosto de 2022A remodelação, aprovada pelo Parlamento numa sessão de emergência, afeta 13 ministérios, incluindo a Saúde, Educação, Cultura, Desenvolvimento Local e Irrigação.
A reforma também abrangeu o Turismo, um setor crucial que o Egito está a tentar revitalizar após ter sido afetado por anos de turbulência, pela pandemia de covid-19 e mais recentemente pelo conflito entre Moscovo e Kiev.
Outros ministérios importantes, como os dos Negócios Estrangeiros, Finanças, Defesa e Interior, responsável pela polícia, não sofreram mudanças.
Numa mensagem na rede social Facebok, Sissi disse que a remodelação, decidida com o primeiro-ministro Mustafa Madbouly, visa "desenvolver o desempenho do Governo em alguns assuntos importantes... que contribuem para proteger os interesses e capacidades do Estado".
Os novos ministros deverão tomar posse perante Sissi ainda hoje ou no domingo de manhã.
Fortemente afetado pela guerra na Ucrânia
O Egito foi fortemente afetado pela pandemia e pela guerra na Ucrânia, que abalou os mercados mundiais e fez disparar os preços dos combustíveis e dos alimentos em todo o mundo.
O Egito é o maior importador de trigo do mundo, a maioria do qual provinha da Rússia e da Ucrânia.
O Governo do Cairo tem mantido conversações com o Fundo Monetário Internacional para obter um novo empréstimo que suporte o seu programa de reformas e ajude o país a lidar com os desafios provocados pela guerra na Europa.
Os preços dos alimentos e da energia dispararam no Egito, aumentando o fardo para os pobres e a classe média, que já suportaram o desgaste de um programa de reformas de 2016.
Esse programa, acordado com o FMI, incluiu dolorosas medidas de austeridade que provocaram um forte aumento no preço de bens e serviços essenciais.
Uma recente desvalorização da libra egípcia, que já tinha perdido metade do seu valor em 2016, provocou mais um aumento dos preços dos alimentos e de outros bens.
A taxa de inflação anual em julho foi de 14,6%, mais do dobro do mesmo mês no ano passado (6,1%), segundo estatísticas oficiais.