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Presidente do Petro de Luanda acusa FAF de perseguir o clube

Lusa
3 de setembro de 2023

Presidente do Petro de Luanda, Tomás Faria, acusou neste sábado o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Angolana de Futebol (FAF) de perseguir os bicampeões, face à suspensão das atividades desportivas por dois anos.

Gewalt auf dem Fußballplatz | Symbolbild
Foto: HMB-Media/Imago Images

Em conferência de imprensa, Tomás Faria negou que o clube que dirige se tenha recusado a colaborar com o Conselho de Disciplina (CD). "Somos obrigados a questionar os critérios que foram usados pela FAF e se existe alguma intenção mascarada com o Petro de Luanda ou não", disse. 

"Desde que ganhámos na assembleia, que tínhamos que disputar o segundo jogo da Taça de Angola, na época passada, o cenário passou a ser este", acrescentou.

"A maneira como jogámos a Supertaça, a situação do jogo em Caculo, em que no dia do jogo ligaram-me a informar que não podíamos entrar em campo, por alegada dívida ao Avelino Lopes, o que no final não se provou, entre outras situações, levam-nos a sentir que há aqui perseguição", referiu.

Alves Simão (esq.) e Tomás Faria (dir). Foto de arquivoFoto: Borralho Ndomba/DW

Fatos 

O dirigente desportivo disse que quem não colaborou para a verdade dos fatos foi o Conselho de Disciplina e não o Petro de Luanda, cuja equipa é orientada pelo treinador português Alexandre Santos.

"Nós colaborámos com a federação, nós temos aqui as cartas e nenhuma das quatro correspondências ficou sem resposta. É falso que não tenhamos colaborado. Nós não recebemos oficialmente o áudio, nem a federação juntou qualquer instrumento digital contendo o áudio", explicou.

"O que dissemos ao Conselho de Disciplina foi que nós não nos conseguimos pronunciar, porque não temos, oficialmente, o áudio. Solicitámos que nos fosse enviado, mas a FAF não fez isso e dizia-nos para procurarmos nas redes sociais", dosse.

"Nós somos uma instituição, tal como a FAF, e não devemos procurar por áudios nas redes sociais, correndo o risco de, eventualmente, termos acesso a um áudio que não fosse o que a FAF alegava ser. A verdade é que a FAF não nos remeteu o áudio e, de repente, veio este comunicado" lamentou.

Tomás Faria negou que a equipa 17 vezes campeã angolana tenha sido suspensa por atos de corrupção, mas sim pela alegada falta de colaboração.

Petro Luanda ao vencer Torneio Nacional de Angola, no ano passadoFoto: Borralho Ndomba/DW

Corrupção

"O Petro de Luanda não está indiciado por qualquer ato de corrupção, não foi indiciado, nem acusado de qualquer ato de corrupção e não foi julgado" disse.

O presidente do Petro prometeu ainda que o clube vai recorrer da decisão junto do Conselho Jurisdicional, no prazo de oito dias, e apelou à tranquilidade e serenidade de sócios e adeptos.

Em causa, está o áudio que foi difundido nas redes sociais em junho, em que o treinador da Académica do Lobito, Agostinho Tramagal, em conversa com o jornalista da Rádio Nacional de Angola Adolfo Manuel, confessou ter recebido do Petro de Luanda três milhões de kwanzas, como incentivo para vencer o 1.º de Agosto na Taça de Angola, na época passada, além de celebrar compromissos com Bento Kangamba, para permitir que o Kabuscorp do Palanca vencesse partidas, em troca de avultadas somas em dinheiro.

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