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Presidente do Quénia e opositor Raila Odinga anunciam acordo

Lusa
9 de março de 2018

Chefe de Estado queniano, Uhuru Kenyatta, e líder da oposição, Raila Odinga, prometem pôr fim à crise política no país. "Chegou o tempo de resolver as nossas diferenças", afirmou Odinga.

Presidente queniano, Uhuru Kenyatta (esq.), e líder da oposição, Raila Odinga

O Presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, e o líder da oposição, Raila Odinga, anunciaram esta sexta-feira (09.03) um acordo para resolver a crise política que o país vive desde as eleições de agosto de 2017. 

"Começaremos um processo para unir o nosso povo e determinar o que realmente divide a nossa nação. Devemos unir todo o nosso povo, em que ninguém fica para trás", disse Kenyatta, numa aparição conjunta com Odinga, após a reunião realizada na Harambee House, o escritório presidencial, em Nairobi.

"Este país é maior do que qualquer indivíduo", declarou o chefe de Estado. "As eleições vão e vêm, mas o Quénia permanece."

Tensão pós-eleitoral no Quénia

01:05

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"A divisão termina aqui"

É o primeiro encontro entre o Presidente e Odinga desde as eleições presidenciais de 08 de agosto de 2017, que Kenyatta venceu, mas foram impugnadas pelo líder da oposição e repetidas a 26 de outubro, apesar do boicote da oposição.

"Chegou o tempo de enfrentar e resolver as nossas diferenças", disse Odinga, líder da coligação de oposição Super Aliança Nacional (NASA), que a 30 de janeiro se proclamou "Presidente do povo", o que veio a agudizar a crise política no país.

"A divisão termina aqui. Iniciámos o processo de construção do Quénia", acrescentou o líder da oposição, que apertou efusivamente a mão do Presidente diante dos jornalistas.

A reunião coincide com a visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, que chega hoje ao Quénia para se encontrar com Kenyatta, entre outros compromissos, durante a visita que está a fazer a África.

No mês passado, 11 embaixadores estrangeiros no Quénia, incluindo os dos Estados Unidos e do Reino Unido, exigiram que a oposição reconhecesse Uhuru Kenyatta como o Presidente legítimo, com o intuito de se iniciar um diálogo e resolver a crise política.

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