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Protestos: Nyusi alerta para risco de "soluções políticas"

Lusa
9 de dezembro de 2024

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, alerta para o risco de "soluções políticas" face à tensão pós-eleitoral caracterizada por manifestações e paralisações no país, defendendo que obrigam a abandonar a lei.

Filipe Nyusi, Presidente da República de Moçambique
Nuysi referiu hoje, durante uma reunião com empresários, que às vezes as soluções políticas podem violar a leiFoto: João Carlos/DW

"Há uma linguagem que usou na sua introdução, que é preciso soluções de índole político e não policiais e militares, mas também podia dizer não legais, porque, às vezes, quando se toma uma medida política, às vezes abandona-se a lei e essa lei é o que nos amarra", defendeu o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, respondendo a empresários que sugeriram esta segunda-feira (09.12) soluções políticas para ultrapassar a crise pós-eleitoral.

Setor privado pede solução política

Ao setor privado empresarial do país, Nyusi afirmou que tem realizado várias reuniões na busca de soluções para a crise pós-eleitoral caracterizada por manifestações e paralisações, num cenário em que as "muitas sensibilidades conflituam" nas suas propostas.

"As leis são feitas por pessoas e temos de ver em que momentos se vai para uma solução ou outra para evitar criar precedentes cíclicos no nosso país [...] Os encontros que estamos a desenvolver tendem a procurar soluções e muitas vezes podemos estar numa caixa, fechados, a pensar que temos melhores soluções", apontou o Presidente de Moçambique, referindo-se ainda à solução de "índole política" proposta pelos empresários.

Os empresários moçambicanos pediram a Filipe Nyusi medidas para colocar fim ao "vandalismo" das instituições e restaurar a paz com soluções políticas.

"Entendemos que a solução para a presente crise só pode ser política e não de qualquer outra natureza, muito menos a militar, a policial ou de outro tipo de pressão", declarou o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma. 

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