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Carles Puigdemont deixa prisão alemã de Neumünster

ms | EFE | Lusa
6 de abril de 2018

O ex-presidente catalão Carles Puigdemont saiu esta sexta-feira (06.04) da cadeia de Neumünster, no norte da Alemanha, onde estava detido desde 25 de março. E voltou a apelar ao diálogo de Madrid com a Catalunha.

Foto: picture-alliance/dpa/A. Heimken

Depois de pagar a fiança de 75 mil euros, o líder independentista catalão foi libertado pouco antes das 14:00 (hora alemã), depois de mais de dez dias atrás das grades. "É uma vergonha para a Europa ter presos políticos", disse à saída da prisão, apelando à libertação dos companheiros que ainda se encontram detidos. 

O ex-presidente do governo regional da Catalunha (Generalitat) agradeceu todas as demonstrações de "apoio" e "solidariedade" recebidas enquanto esteve na prisão de Neumünster, no norte da Alemanha e apelou mais uma vez ao diálogo do Governo espanhol com a Catalunha.

Puigdemont tinha sido detido pela polícia alemã a 25 março, após ter entrado de carro na Alemanha quando regressava da Dinamarca, em cumprimento de uma ordem europeia de detenção emitida pela justiça espanhola.

Por que lutam os catalães pela independência?

02:32

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Extradição

Carles Puigdemont fica a residir na Alemanha enquanto aguarda uma decisão da justiça alemã sobre o processo da sua extradição. 

O Tribunal Supremo do estado alemão de Schleswig-Holstein, no norte do país, não concordou com o Ministério Público, que tinha pedido a extradição de Puigdemont pelos crimes de rebelião e peculato (uso fraudulento de fundos públicos).

O Ministério Público alemão também tinha pedido que o líder separatista ficasse na prisão enquanto decorre o processo de extradição, por considerar que existia risco de fuga.

A justiça espanhola acusou Puigdemont de crimes de rebelião, sedição e peculato por este ter declarado unilateralmente a independência da Catalunha e organizado um referendo considerado ilegal, a 1 de outubro de 2017, com o mesmo objetivo.

O ministro da Justiça espanhol, Rafael Catalá, afirmou que o Governo respeita e acata a decisão do tribunal alemão de retirar o delito de rebelião do pedido de extradição. "É a comprovação do funcionamento da justiça independente, aqui em Espanha, na Alemanha e em todos os países da UE", disse em declarações aos jornalistas.