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TerrorismoÁustria

Quatro mortos e 15 feridos em ataques terroristas em Viena

Lusa | EFE
3 de novembro de 2020

Quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas numa série de ataques com armas automáticas na segunda-feira (02.11) à noite em Viena, segundo o mais recente balanço das autoridades austríacas. Um suspeito foi abatido.

Foto: Lisi Niesner/REUTERS

O ataque terrorista, o primeiro em Viena em 35 anos, foi levado a cabo por homens armados em seis locais no centro de Viena. Começou com um tiroteio por volta das 20:00 numa rua central onde fica a sinagoga principal de Viena, muito próxima de uma área de bares muito frequentada.

Os atacantes deslocaram-se depois pelo centro da cidade, disparando contra quem estava nas esplanadas. "Estávamos a comer e a beber, quando ouvimos os tiros. No início pensámos que fosse fogo de artifício, mas ouvimo-los mais de perto e as pessoas reagiram com pânico", conta Petra, uma brasileira que estava na zona quando o ataque começou.

Outra testemunha, o rabino Schlomo Hofmeister, disse à agência de notícias EFE que ouviu "100 tiros" nos primeiros momentos do ataque.  Centenas de pessoas refugiaram-se em bares e restaurantes, muito lotados devido a um novo confinamento que começa hoje, para prevenir a propagação da Covid-19. 

Quatro pessoas morreram e 15 ficaram feridas. A vítima mortal mais recente é uma mulher hospitalizada que não resistiu à gravidade dos ferimentos.

Entre os óbitos foi incluído um dos atacantes, abatido pela polícia, e que segundo o ministro do Interior austríaco, Karl Nehammer, era "um simpatizante" do Estado Islâmico. Um agente ficou gravemente ferido. Pelo menos um segundo atacante fugiu. 

Autoridades montaram enorme dispositivo de segurançaFoto: Leonhard Foeger/REUTERS

"Hediondo ataque terrorista"

"Nunca seremos intimidados pelo terrorismo e lutaremos contra esses ataques com todos os meios", disse o primeiro-ministro austríaco, Sebastian Kurz, que classificou os atos como "ataques terroristas hediondos".

O ministro do Interior da Áustria, Karl Nehammer, disse à agência de notícias APA que acredita que o ataque teve "motivação terrorista".

As autoridades montaram um enorme dispositivo de segurança para localizar pelo menos um terrorista que fugiu, com dezenas de agentes das forças especiais e especializadas em ações antiterroristas a participarem nos esforços de busca, que também inclui o controlo das fronteiras. 

O Governo austríaco alertou que a situação de perigo ainda não passou e pediu aos cidadãos para não saírem de casa, a não ser que seja estritamente necessário. 

O último ataque em Viena ocorreu em 1985, quando o grupo palestiniano Abu Nidal matou três pessoas e feriu 39 no aeroporto da cidade. 

Merkel condena ataque

A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou o ataque em Viena, afirmando que "o terrorismo islâmico" é um "inimigo comum".  "A luta contra estes assassinos e instigadores é a nossa luta comum", disse Merkel, de acordo com uma mensagem divulgada pelo porta-voz da chanceler na rede social Twitter. 

Na nota, a chanceler alemã expressou também solidariedade à Áustria e às "pessoas e forças de segurança que enfrentam este perigo", acrescentou a chanceler. 

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