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Queda do preço do gás causa incertezas em Cabo Delgado

Eleutério Silvestre (Pemba)24 de março de 2015

Estima-se que na Bacia do Rovuma, no norte de Moçambique, há reservas de gás natural na ordem dos 200 biliões de pés cúbicos. Mas, com a baixa do preço do gás no mercado mundial, teme-se que os investidores se retraiam.

Foto: ENI East

A queda do preço do gás no mercado mundial trouxe incertezas quanto ao progresso socioeconómico que se esperava após a descoberta do gás em Palma. O economista António Salião teme que os investimentos diminuam.

"Esse é um fator de preocupação para os investidores, afetando negativamente os investimentos", afirma.

A professora universitária Pilar de la Puerta diz que é preciso estar de sobreaviso para evitar um colapso do investimento associado à exploração de hidrocarbonetos. Até porque "a instabilidade dos preços provoca também instabilidade no resto dos projetos de desenvolvimento económico", refere a docente da Universidade Católica de Moçambique em Pemba.

António Salião acrescenta que, apesar de a economia moçambicana não estar concentrada na exploração de hidrocarbonetos, a queda dos preços do gás afetará negativamente os mercados internacionais e, por inerência, o mercado moçambicano.

Tanto a energética norte-americana Anadarko como a italiana Eni estão interessadas em explorar o gás em Palma.

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Em conjunto, as multinacionais pretendem 7.000 hectares para a instalação de uma fábrica de processamento de gás natural a partir de 2018. Estimado em cerca de 30 mil milhões de dólares (27,2 mil milhões de euros), o empreendimento visa a exploração do gás natural descoberto na bacia do Rovuma, nas concessões da Anadarko e Eni.

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