Quelimane: Uma das maiores "batalhas" das autárquicas 2018
26 de setembro de 2018Políticos dos quatro partidos que concorrem à autarquia de Quelimane - nomeadamente da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), e do Movimento Alternativo de Moçambique (MAMO) - saíram às ruas para pedir o voto dos eleitores aos seus respectivos programas de governação, esta terça-feira (25.09).
FRELIMO: Combate à criminalidade e geração de renda
No seu comício na unidade residencial de Chirangano, o candidato da FRELIMO, Carlos Carneiro, prometeu acabar com a criminalidade e impulsionar a prática de atividades de geração de renda, caso consiga vencer estas eleições.
"Queremos parar com essa onda de assaltos, com a criminalidade. Então, com isso, os serviços devem continuar. Nós, como FRELIMO, eu encabeçando a lista da FRELIMO, faremos de tudo para que isso tudo aconteça," afirmou.
"Em algumas zonas da cidade, como é o caso de Icidhua, Muropue, Inhangome, Chuabo Dhembe, sofremos erosão em grande escala. Isso, nós queremos recuperar. Queremos ver a nossa população a praticar a agricultura, a pesca e o comércio livremente," defendeu Carneiro.
RENAMO: Desenvolvimento e infraestruturas
Na mesma altura, o candidato da RENAMO, Manuel de Araújo, fez seu primeiro discurso de campanha, tendo anunciado o seu sentimento de "muita alegria e muita satisfação com este calor humano que podem aqui ver".
"Os munícipes de Quelimane estão muito felizes. Eu penso que democracia é isso, deixar as pessoas expressarem aquilo que lhes vem na alma," acrescentou.
O candidato falou ainda sobre o seu programa para Quelimane.
"Nós temos seis pilares de governação. O primeiro pilar é de desenvolvimento da economia local. Sem um desenvolvimento robusto da nossa economia, não podemos ser aquela cidade com a qual nós sonhamos. A Zambézia, da qual a cidade de Quelimane é capital, durante 40 anos, foi a província com menos investimento e isso ressente-se nas infraestruturas da nossa cidade," criticou.
"Nós vamos apostar, vamos continuar a investir na criação de mais estradas de pavê, de mais estradas em alcatrão e na construção de pontes," descreveu.
MDM: Troca de acusações com a FRELIMO
O candidato Rogério Warro Warro, do Movimento Democrático de Moçambique, também iniciou sua campanha esta terça-feira. Na próxima quinta-feira (27.09), ele será ouvido pela polícia de investigação criminal, na sequncia de uma queixa apresentada pela FRELIMO, que o acusa ter invadido a sua sede, durante a realização de recenseamento eleitoral em maio passado.
"Eu estou a ser intimado e não o partido. Já fui constituído arguido. Eu mesmo, eu não estou a perceber o que está por trás disso, mas é uma simples intimidação da FRELIMO. Eles queixam especificamente neste período, porque sou cabeça de lista, para intimidar o cabeça de lista, para o cabeça de lista ser condenado. É essa a manobra da FRELIMO," desabafou Warro Warro.
MAMO: Reduzir o custo de vida e limpar a cidade
O Movimento Alternativo de Moçambique, uma nova formação politica que pela primeira vez é concorrente neste pleito eleitoral, também deu início à sua campanha.
O cabeça de lista do partido, Tadeu António, disse que o seu manifesto eleitoral defende quase que exclusivamente a redução do custo de vida para os munícipes.
"Outros partidos estão em desuso, estão a desmoronar. Então, felizmente, o surgimento de Movimento Alternativo de Moçambique está sendo uma salvação para os munícipes de Quelimane. O nosso país está numa situação de crise financeira. A nossa aposta é de reduzir sim o custo de vida para os munícipes de Quelimane," descreveu.
"O Movimento Alternativo de Moçambique está preocupado em fazer da cidade de Quelimane uma cidade limpa," acrescentou.
A campanha eleitoral para as eleições autárquicas, que iniciou esta terça-feira (25.09) termina no próximo dia 8 de outubro.