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Rússia ataca Ucrânia e mísseis sobrevoam Moldávia

Tainã Mansani | com agências
10 de fevereiro de 2023

Ucrânia diz que intercetou 61 dos 71 mísseis lançados hoje pelas forças russas contra o seu território. A Moldávia informou que alguns mísseis cruzaram o seu espaço aéreo.

Foto: Vitalii Hnidyi/REUTERS

Numa nova onda de ataques, a Rússia disparou esta sexta-feira 71 mísseis contra a Ucrânia. A maioria deles foram abatidos pela defesa aérea ucraniana, segundo as forças locais.

Em vários pontos do país, infraestruturas essenciais ligadas ao setor energético foram atingidas. De acordo com fontes oficiais ucranianas, as regiões de Kharkiv (nordeste) e de Zaporijia (sul) foram particularmente atingidas.

Também foram sentidas explosões na capital, Kiev, onde a população teve de procurar refúgio nos túneis do metropolitano da cidade. 

Violação do espaço aéreo moldavo

Ao mesmo tempo, a Moldávia denunciou esta sexta-feira que mísseis russos sobrevoaram o país, violando o seu espaço aéreo. 

O Ministério dos Negócios Estrangeiros moldavo indicou, em comunicado, que "o lado russo continua a sua guerra de agressão contra a Ucrânia, e os ataques com mísseis contra o nosso país vizinho afetam direta e negativamente a Moldávia".

O comandante-em-chefe do Exército ucraniano, Valery Zaluzhnyi, disse que dois mísseis foram lançados do Mar Negro, entrando no espaço aéreo moldavo. Cruzaram a seguir o espaço aéreo da Roménia - membro da NATO - antes de entrarem na Ucrânia.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky confirmou igualmente que os mísseis russos sobrevoaram a Moldávia e a Roménia, afirmando que a situação é um desafio para a segurança coletiva e da NATO.

Na sequência do lançamento dos mísseis russos, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Moldávia convocou o embaixador de Moscovo em Chisinau, Oleg Vasnetsov, "para indicar ao lado russo a inaceitável violação do seu espaço aéreo".

Demissão

Na início da tarde, a primeira-ministra moldava, Natalia Gavrilita, que sustenta uma posição pró-Ocidente, demitiu-se do cargo. O anúncio agrava ainda mais o clima de instabilidade que tem afetado a nação do leste europeu desde que a Rússia invadiu a vizinha Ucrânia.

Em conferência de imprensa, Gavrilita disse que "ninguém esperava que o seu Governo, eleito no verão de 2021, teria de gerir tantas crises causada pela agressão russa na Ucrânia''. A demissão já foi aceite pela Presidente do país, Maia Sandu, que deverá agora proceder a consultas com as fações do Parlamento para a nomeação de um novo primeiro-ministro.

A primeira-ministra da Moldávia, Natalia Gavrilita, demitiu-se do cargo agravando a tensão no país, antigo membro da URSSFoto: VLADISLAV CULIOMZA/REUTERS

Moldávia

A crise na Moldávia foi debatida, na quinta-feira, durante uma reunião do Conselho Europeu em Bruxelas. Zelensky disse ter intercetado recentemente um alegado plano dos serviços secretos russos para destruir a Moldávia, adiantando que já tinha alertado a Presidente.

"Não sei se Moscovo deu ordem para prosseguir com este plano, mas é muito semelhante àquele que quiseram implementar na Ucrânia", acrescentou Zelensky. 

Também os serviços secretos da Moldávia, antigo membro da União Soviética, advertiram ontem que a Rússia estava a agir para desestabilizar o país. Um regime pró-russo governa parte do território da Moldávia, a Transnístria, após um conflito separatista no início dos anos 1990.

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08:11

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