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ConflitosFinlândia

Rússia cortará fornecimento de energia à Finlândia

Lusa | EFE | tms
13 de maio de 2022

Moscovo vai suspender as entregas de eletricidade para a Finlândia a partir de sábado (14.05), devido a contas não pagas. Medida vem na sequência do anúncio de Helsínquia sobre adesão à NATO.

Foto: Olli Häkamies/Lehtikuva/dpa/picture alliance

O anúncio do corte de fornecimento de energia russa à Finlândia, esta sexta-feira (13.05), ocorre num cenário de crescente tensão entre Moscovo e Helsínquia, que anunciou esta semana a intenção de aderir à NATO, uma decisão de imediato criticada pelo Kremlin, que ameaçou com retaliações.

A RAO Nordic Oy, braço europeu da empresa de energia russa Inter RAO, com sede em Helsínquia, não recebe pagamentos pela eletricidade fornecida à Finlândia desde 6 de maio, disse o grupo em comunicado, alegando a falta de meios financeiros para continuar a receber eletricidade importada da Rússia. 

"Esta situação é excecional e ocorre pela primeira vez em mais de 20 anos", acrescentou a empresa, explicando que está obrigada a "suspender a importação de eletricidade a partir de 14 de maio". 

Soldados da NATO durante exercício militar na Macedónia do Norte esta semanaFoto: Boris Grdanoski/AP/picture alliance

"Esperamos que a situação melhore em breve" e que as entregas da Rússia sejam retomadas, conclui a empresa. 

Principal importador de eletricidade da Rússia para os mercados nórdicos, a RAO Nordic opera na União Europeia desde 2002.

Finlândia preparada

Em abril, a empresa finlandesa de energia Fingrid informou que limitaria a capacidade de transmissão de energia na fronteira com a Rússia, o que reduziria a potência de importação de 1.300 MW para 900 MW.

"Esta decisão é baseada em uma avaliação dos riscos para o sistema energético no contexto das mudanças da situação internacional", disse a companhia, referindo-se ao conflito militar iniciado pela Rússia na Ucrânia a 24 de fevereiro.

Na sequência do anúncio desta sexta-feira, a operadora da rede elétrica finlandesa garantiu que pode prescindir das importações de energia da Rússia.

Presidente finlandês, Sauli Niinisto, anunciou esta semana que o seu país quer aderir à NATOFoto: ANTTI AIMO-KOIVISTO/Lehtikuva/AFP/Getty Images

"Estávamos preparados para isso e não será difícil. Podemos compensar com um pouco mais de importações da Suécia e da Noruega", disse à agência de notícias AFP Timo Kaukonen, gerente de operações da operadora Fingrid. 

Adesão à NATO

Na quinta-feira, a Finlândia -- que tem uma longa fronteira com a Rússia - anunciou o desejo de passar a integrar a NATO, devendo formalizar o pedido de adesão no próximo domingo (15.05).

O Presidente turco manifestou-se hoje desfavorável à entrada da Finlândia e da Suécia na NATO, na primeira voz dissonante no seio dos 30 aliados. A unanimidade é necessária para um novo membro entrar para a aliança atlântica, colocando a Turquia em posição de bloquear as candidaturas dos dois países nórdicos, previstas para os próximos dias.

O Kremlin já disse que a entrada da Finlândia na NATO constituiu uma ameaça e que será forçada a "tomar medidas recíprocas, tecno-militares e outras", para responder ao que considera ser uma "ameaça à segurança nacional".

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