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Rússia: Polícia detém mais de mil em protestos pró-Navalny

tm | com agências
23 de janeiro de 2021

Polícia russa deteve pelo menos mil manifestantes neste sábado (23.01), que exigiam a libertação do líder da oposição preso, Alexey Navalny. Foram noticiados cortes nos serviços de telemóveis e internet no país.

Russland Wladiwostok | Proteste gegen Regierung | wegen Verhaftung von Nawalny
Centenas de manifestantes terão sido detidos em várias cidades russas.Foto: PAVEL KOROLYOV/AFP/Getty Images

A polícia russa deteve pelo menos mil pessoas em protestos nacionais de apoio ao crítico do Kremlin preso, Alexey Navalny, de acordo com a organização não-governamental OVD-info. Cerca de 90 protestos foram planeados a nível nacional durante todo o dia, incluindo na capital, Moscovo.

Os manifestantes reuniram-se apesar dos avisos da polícia de que os protestos eram ilegais e que seriam "imediatamente reprimidos".

Alexey Navalny foi preso em 17 de janeiro ao voltar à Rússia, depois de cinco meses de convalescença na Alemanha devido a um envenenamento, acusado de violar as medidas de controlo judicial (por estar em condicional, relacionada a outro processo na justiça russa) ao sair do país. 

Navalny diz que as acusações são de motivação política.

Manifestações

Para impulsionar os protestos, a equipa do ativista anticorrupção fez apelos, de Moscovo a Novosibirsk, para que as pessoas saíssem às ruas em mais de 60 cidades russas para protestar contra a prisão do líder opositor.

As primeiras manifestações começaram esta manhã, no Extremo Oriente russo e na Sibéria, onde vários milhares de pessoas tomaram as ruas, principalmente em Vladivostok, Khabarovsk e Tchita, mesmo diante de um grande número de polícias antimotim deslocados para os locais dos protestos, de acordo com apoiantes de Navalny.

Apelos foram feitos para que os russos saíssem às ruas, em mais de 60 cidades.Foto: Alexey Malgavko/REUTERS

Um vídeo divulgado pela organização não-governamental OVD-info mostrou dezenas de polícias antimotim a perseguir manifestantes em Vladivostok.

Em Yakutsk, ao sul do Círculo Polar, os manifestantes enfrentaram o frio extremo para se manifestarem, com -50 graus Celsius.

Em Moscovo, onde a mobilização da oposição costuma ser mais forte, os manifestantes começaram a reunir-se na Praça Pushkin.

O autarca de Moscovo, Sergei Sobyanin, denunciou as manifestações como "inaceitáveis" em meio à pandemia do novo coronavírus.

Entre quinta e sexta-feira vários apoiantes de Navalny foram detidos pelas autoridades russas, nomeadamente a porta-voz do ativista, Kira Iarmych, que foi condenada a nove dias de prisão.

Navalny denuncia o "palácio de Putin"

02:10

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