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Ramaphosa saúda JLo por mediação no conflito RDC-Ruanda

Manuel Luamba
9 de agosto de 2024

O Presidente da África do Sul visitou Angola esta quinta-feira. Cyril Ramaphosa reuniu-se, em Luanda, com o seu homólogo João Lourenço, com o qual abordou o conflito no leste da República Democrática do Congo (RDC).

João Lourenço, Presidente de Angola
João Lourenço, Presidente de AngolaFoto: Getty Images/M. Spatari

Em declarações à DW África, Nkinkinamo Tussamba, especialista em relações internacionais, diz que a "história da Africa do Sul" passa necessariamente por Angola".

"Angola participou e lutou contra o apartheid e, concomitantemente, a libertação de Nelson Mandela e em 1994 se estabelecem as relações diplomáticas entre os dois países e os dois povos", relembrou.

E estas relações históricas, diplomáticas e comerciais foram fortificadas esta quinta-feira (08.08) com a visita de algumas horas do Presidente sul-africano a Luanda.

Com o seu homólogo angolano, Cyril Ramaphosa também abordou, em reunião privada, a segurança regional.  

Cessar-fogo entre RDC e Ruanda

À semelhança de organismos internacionais e entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Secretário de Estado Norte-americano, Antony Blinken, o Presidente sul-africano também saudou os esforços de João Lourenço para o alcance do cessar-fogoentre a República Democrática do Congo (RDC) e o Ruanda, a 30 de Julho. 

"As conquistas até agora alcançadas, nomeadamente o cessar-fogo entre o RDC e o Ruanda, achamos que é algo extremamente importante e deve ser celebrado e tive a oportunidade de agradecer a Sua Excelência Presidente pelo seu esforço no sentido de alcançar esse feito.", declarou Ramaphosa.

Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, visitou Angola esta quinta-feiraFoto: Kim Ludbrook/Pool EPA/dpa/picture alliance

O cessar-fogo é supervisionado pelo Mecanismo de Verificação Ad-hoc. 

Assim, Ramaphosa espera que o acordo alcançado seja o ponto de partida para a paz efetiva no leste da República Democrática do Congo.  

"O que se pretende é que esse cessar-fogo seja permanente e que os vários partidos envolvidos continuem a envidar esforços no sentir de se fortalecer."

Acordo será respeitado?

No entanto, questiona-se, por exemplo, como o Ruanda assinou um cessar-fogo se nunca assumiu oficialmente o seu envolvimento direto no conflito? E como o acordo será respeitado se o M23 que luta no terreno com as forças governamentais não foi incluído? 

Nkinkinamo Tussamba, especialista em relações internacionais, mostra-se cético quanto à durabilidade da iniciativa de Luanda.

"Agora temos que avaliar os termos desse cessar-fogo que continua a ser violado, sobretudo pelo M23 que não se sente representado nesse cessar-fogo e, com certeza, não haverá sucesso desse cessar-fogo que, claramente mereceu atenção dos dois estadistas no sentido de ver os melhores caminhos para que se ponha termo a esta saudação de conflitualidade."

Quem são os principais atores no conflito na RDC?

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