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ConflitosSenegal

Rebeldes de Casamança entregam armas no Senegal

Lusa
14 de maio de 2023

Pelo menos 250 rebeldes independentistas da região de Casamança, no Senegal, entregaram este fim de semana as suas armas numa cerimónia realizada no sul do país, anunciaram as autoridades locais.

Foto simbólicaFoto: John Wessels/AFP/Getty Images

A cerimónia representa "o culminar de um processo de negociações entre o Estado senegalês" e o Movimento das Forças Democráticas de Casamança (MFDC), que "dura há quase três anos", afirmou no sábado (13.05) o governador de Ziguinchor, Guédj Diouf, citado este domingo pela agência noticiosa EFE.

Em nome do país, Diouf agradeceu ao comandante de uma fação do MFDC e às suas tropas por "terem aceitado entrar em negociações sinceras com o Estado senegalês com vista à assinatura de acordos de paz que conduziram hoje [sábado] à deposição das armas".

"É um ato de coragem que reflete o vosso firme empenho na paz e no desenvolvimento económico e social de Casamança", acrescentou, mostrando-se esperançoso em que esta ação "mostre o caminho a outras fações" para alcançar a "paz definitiva".

A entrega das armas decorreu na antiga base do MFDC na zona de Bignona, cidade de Mangone.

Região de Ziguinchor é afetada pelo conflito independentista há décadasFoto: Louis Denga/Photoshot/picture alliance

Conflito na região

Casamança tem sido o cenário de uma das rebeliões mais antigas do continente desde que os combatentes da independência saíram à rua com armamento rudimentar depois de uma marcha do MFDC ter sido suprimida em dezembro de 1982.

O conflito custou milhares de vidas e devastou a economia. Nos últimos anos, as autoridades senegalesas comprometeram-se a reinstalar os deslocados.

O Presidente senegalês, Macky Sall, eleito em 2012 e reeleito em 2019, fez da paz em Casamansa uma das suas prioridades.

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