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"Reconhecimento do pai de Dhlakama faz jus à história"

Lusa
7 de agosto de 2022

É o que considera o general Elias Dhlakama, irmão mais novo do histórico ex-líder da RENAMO, Afonso Dhlakama. Na Beira, hoje, ele afirmou que o reconhecimento do pai como régulo no centro "faz jus à história da região".

Mosambik Maputo Politiker Elias Dhlakama
Elias Dhlakama.Foto: privat

"Para a família Dhlakama, é uma mais-valia. O nosso pai era líder antes mesmo da independência, quando tinha apenas 39 anos de idade", disse hoje Elias Dhlakama.

Em causa está o reconhecimento pelo Estado moçambicano de Macacho Marceta Dhlakama, 91 anos, como régulo de Mangunde, no distrito de Chibabava, província de Sofala, terra natal do antigo líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), principal força de oposição em Moçambique.  

Moçambique em junho de 1975.Foto: picture-alliance/dpa

Luta de libertação

Macacho Marceta Dhlakama foi escolhido como líder comunitário pela população nos finais da luta de libertação contra o regime colonial português.

Após a independência (em 1975), Macacho continuou a liderar Mangunde, mas nunca foi reconhecido pelo Estado, embora, a partir de 1994, depois da realização das primeiras eleições no país, tenha começado a participar em eventos organizados pelo Governo na sua região.

Para o irmão mais novo de a decisão do Governo é também o reconhecimento de Mangunde como o "reduto dos Dhlakama".

"Nós conquistámos aquelas terras", frisou Elias Dhlakama.

Reconhecimento

O reconhecimento do pai de Afonso Dhlakama ocorreu na segunda-feira em Mangunde, numa cerimónia tradicional que contou com líderes da administração do Governo local.

O reconhecimento do régulo Mangunde, como é popularmente conhecido na região, ocorre quatro anos depois da morte do seu filho, líder histórico da RENAMO, que perdeu a vida aos 65 anos devido a complicações de saúde no seu refúgio na Serra da Gorongosa, centro do país, após dirigir o principal partido de oposição durante 38 anos.

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