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EconomiaCabo Verde

Relações comerciais "auspiciosas" no horizonte

Lusa
9 de fevereiro de 2022

Presidente cabo-verdiano espera que os países africanos possam fazer mais e melhores negócios entre si depois da pandemia. Ao abrigo do acordo da área de comércio livre, tarifas serão eliminadas em 97% durante 13 anos.

Foto: Ângelo Semedo/DW

O Presidente cabo-verdiano disse esta quarta-feira (09.02) esperar o reforço das relações comerciais entre os países africanos no pós-pandemia, depois de o arquipélago se ter tornado no 41.º país a integrar o Acordo de Criação da Área de Comércio Livre Africana.

"Há um processo em curso muito auspicioso e que poderá rapidamente permitir que no pós-pandemia possamos reforçar as relações comerciais entre os países africanos, o que poderá também alavancar o processo de crescimento e desenvolvimento do continente", perspetivou José Maria Neves.

O chefe de Estado cabo-verdiano falava à imprensa, na cidade da Praia, no início de uma visita de três dias, a sua primeira, às instalações da Forças Armadas.

José Maria Neves notou que África tem "enormes potencialidades" e sublinhou o "esforço grande" da União Africana no sentido de modernizar e transformar o continente.

Presidente cabo-verdiano, José Maria NevesFoto: Inforpress/Xinhua/picture alliance

Futuro de crescimento económico

Apesar de ainda serem muito reduzidas, o chefe de Estado cabo-verdiano afirmou que há um processo em curso para aumentar as trocas comerciais entre os países africanos, sendo a zona de comércio livre um "recurso estratégico" no processo.

Cabo Verde tornou-se o 41º Estado-membro a depositar o instrumento de ratificação do Acordo de Criação da Área de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA).

O anúncio foi feito no domingo (06.02) pela União Africana (UA), no último dia da cimeira anual que aconteceu em Adis Abeba, na Etiópia, em que José Maria Neves foi um dos participantes.

O acordo que estabelece o AfCFTA foi assinado por 54 Estados-membros da UA, sendo que 41 Estados-membros da UA são também Estados partes no Acordo, em virtude dos seus depósitos dos instrumentos de ratificação, o que demonstra "uma vontade política inequívoca de alcançar a integração do mercado em África".

Ao abrigo do AfCFTA, os países africanos comprometeram-se coletivamente a liberalizar substancialmente todo o comércio através da eliminação de tarifas em 97% das linhas pautais - durante um período de 13 anos a partir do início da implementação.

  

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