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RENAMO acusa autoridades de agressão na Zambézia

17 de agosto de 2017

Em Nicoadala, na província central da Zambézia, membros da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) queixam-se de perseguição, tortura e destruição de bandeiras do partido. As autoridades locais rejeitam as acusações.

Apoiantes da RENAMO na Zambézia (foto de arquivo)Foto: E. Valoi

Há membros da RENAMO em Nicoadala que têm medo de ser espancados ou mortos pela Força de Intervenção Rápida (FIR). Por isso, sentem-se obrigados a passar as noites fora das suas casas, contou um deles à DW África, sob condição de anonimato.

"Estamos a sofrer em Nicoadala, há muitos problemas aqui. Batem-nos e somos investigados. Temos medo da FIR", diz.

16.08.17 Ameças membros RENAMO Nicoadala - MP3-Stereo

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Além dos casos de perseguição de que dizem ser alvo, denunciam que foram rasgadas muitas bandeiras da RENAMO que tinham nos quintais, conta outro membro do partido que prefere não ser identificado. "Estamos a ser perseguidos. Para estarmos aqui é por termos coragem.

O delegado distrital da RENAMO em Nicoadala, Cardeal Muthepa, confirma os acontecimentos e diz que as autoridades têm conhecimento do que se passa, mas nunca fizeram nada para deter os infratores.

Polícia desmente

As autoridades rejeitam as acusações. O comandante da Polícia em Nicoadala, Manasseis Manasse, que preferiu não gravar entrevista, afirmou que as relações entre as autoridades e a RENAMO no distrito são boas.

Manasseis Manasse recordou ainda que o único caso registado de destruição de material do partido foi em novembro de 2016 e desde então não houve nenhuma denúncia.

O delegado provincial da RENAMO pede calma aos membros do partido, sobretudo depois do encontro para falar de paz na Gorongosa, há dez dias, entre o Presidente Filipe Nyusie e líder da RENAMO, Afonso Dhlakama.

"Temos de seguir o exemplo do nosso líder", apelou Abdala Ossifo, defendendo ainda que "é preciso pôr a raiva de lado e esquecer todos os atentados".