RENAMO garante a paz mas alerta para focos de violência
20 de agosto de 2015 O líder da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Afonso Dhlakama, diz ter “sido enganado” pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) partido que está atualmente no poder.
A conferência nacional dos desmobilizados de guerra da RENAMO, que está a ter lugar hoje e amanhã (21.08) na cidade de Quelimane, na Zambézia, conta com a participação de 206 membros do maior partido de oposição em Moçambique.
Dhlakama começou o seu discurso a pedir desculpa por ter assinado o Acordo Geral de Paz, em Roma, que pôs fim a 16 anos de guerra civil. O líder da RENAMO "pensava que a FRELIMO estava convencida em aceitar a democracia” e nesse sentido “fizemos o acordo e assinamos”, declara Dhlakama fazendo referência ao Acordo de Paz em 1992.
Muitas conversações que antecederam os ataques em Satungira, na província de Sofala, foram realizadas, mas nenhuma delas produziu resultados concretos, disse Dhlakama ao afirmar que "não está interessado em dialogar com Filipe Nyusi", o atual Presidente da República.
"Não haverá guerra armada"
Na conferência dos desmobilizados de guerra, que termina na sexta-feira (21.08), o tema principal é o mecanismo de governação pela RENAMO. Afonso Dlakama sublinha que “não haverá guerra armada” em Moçambique, mas possíveis “atos de violência poderão ocorrer caso a FRELIMO resista no que se refere à criação das regiões autónomas” cuja proposta foi chumbada na Assembleia da República pela bancada parlamentar e maioritária, da FRELIMO.
A decisão sobre o destino do partido de Afonso Dhlakama e a Nação moçambicana está agora entregue aos guerrilheiros da RENAMO, que prometem a todo custo derrubar a governação da FRELIMO.