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Mais sinergias entre representações da ONU

Braima Darame / LUSA20 de fevereiro de 2015

O representante da ONU para a África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas, pretende "criar sinergias" entre a missão que dirige e a que está sediada na Guiné-Bissau para que a intervenção tenha um maior impacto.

Mohamed Ibn ChambasFoto: picture alliance/AA

Mohamed Ibn Chambas, deslocou-se a Bissau não só para transmitir o voto de confiança da ONU às novas autoridades eleitas, mas também para criar uma total sintonia entre o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) e a representação das Nações Unidas para a África Ocidental.

Segundo Ibn Chambas, “UNIOGBIS e UNOWA [sigla inglesa de Gabinete das Nações Unidas para a África Ocidental] são missões irmãs. As duas representações da ONU trabalham em áreas comuns como sejam a governação, a reforma do sector da defesa, luta contra o crime organizado internacional e desenvolvimento económico e social”.Nomeado para as funções em setembro de 2014, Ibn Chambas, referiu que só trabalhando em sinergia é que as duas missões poderão ter um impacto maior no país e "fazer progredir o processo de construção das instituições e de consolidação do processo democrático”.

Mandato da UNIOGBIS prolongado até 28 de fevereiro de 2016

A visita de dois dias à Guiné-Bissau do representante da ONU para a África Ocidental, e que terminou esta sexta-feira (20.02), teve início um dia depois do anúncio da renovação do mandato da UNIOGBIS, por mais um ano, até 28 de fevereiro de 2016, pelo Conselho de Segurança da ONU.

Trata-se de uma resolução que por um lado, segue as recomendações do último relatório do secretário-geral da ONU, divulgado a 19 de janeiro, e por outro, reforça a missão da ONU em três áreas: apoio ao dialogo nacional de reconciliação, prestação de apoio técnico e estratégico para as autoridades nacionais e coordenação dos parceiros internacionais. E, pela primeira vez, estas áreas estão inseridas num parágrafo separado doutras tarefas da missão, destacando assim a sua importância.

O texto da resolução onusiana pediu ainda mais apoio internacional para a missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), referindo que a Nigéria, enquanto maior contribuinte, enfrenta dificuldades financeiras para continuar o trabalho.O Conselho de Segurança entendeu também ser o momento de avaliar as sanções impostas à Guiné-Bissau depois do golpe de Estado de 2012. O organismo pediu na sua resolução que o secretário-geral submeta um relatório sobre estas sanções dentro de seis meses. Na resolução aprovada, compromete-se em rever estas sanções dentro de sete meses, quando estiver na posse do relatório.

Combate ao crime organizado e mais cooperação regional

Na sua visita a Bissau, Mohamed Chambas levou também na agenda preocupações relacionadas com o combate ao crime organizado e a cooperação regional. “Como no passado, a ONU sempre esteve envolvida no processo de estabilização da Guiné-Bissau e agora estamos a discutir com as autoridades o futuro do país. É util que possamos regularmente trocar pontos de vista e perspetivas por forma analisarmos como a nossa missão, a UNOWA, poderá apoiar os esforços da UNIOGBIS e das novas autoridades na Guiné-Bissau”.

Durante a sua estada na capital guineese, o representante das Nações Unidas para a África ocidental, reuniu-se com o Presidente da República, José Mário Vaz, com o presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, e com o primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, para além de ter mantido sessões de trabalho com os representantes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e visitado a Unidade de Controlo do Crime Transnacional.

Reunião de doadores para a Guiné-Bissau aguardada com muita expetativa

Entretanto, o Conselho da Segurança da ONU, na sua reunião da passada quarta-feira (18.02) congratulou-se também com a conferência de doadores internacionais prevista para o próximo mês de março, em Bruxelas.A este propósito, o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola disse recentemente em Luanda que o Governo angolano está empenhado em que esta conferência tenha resultados positivos.

As declarações de Manuel Augusto foram feitas no seu regresso a Luanda, proveniente do Gana, onde participou numa reunião preparatória sobre a conferência, prevista para 25 de março, na Bélgica. Segundo Manuel Augusto, Angola "está na linha da frente e convicto do sucesso da Conferência de doadores sobre a Guiné-Bissau".

A reunião no Gana serviu para a construção de uma parceria com a comunidade internacional, bem como para a exploração de formas eficazes de coordenação e harmonização, na execução das reformas estabelecidas pelo Governo da Guiné-Bissau, no ramo da defesa e segurança, recuperação económica e normalização da vida política e social.

O encontro reuniu representantes da União Africana, das Nações Unidas, União Europeia, Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento e uma delegação do Governo guineense, chefiada pelo primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira.





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Autoridades e população da Guiné-Bissau aguardam com muita expetativa os resultados da Conferência de doadores prevista para 25 de março em BruxelasFoto: Creative Commons/Teseum
Nações Unidas estão muito empenhadas na estabilização e desenvolvimento da Guiné-BissauFoto: Fotolia/ben_photos
Miguel Trovoada representante do secretário-geral da ONU em BissauFoto: picture-alliance/dpa
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